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RACISMO
Morador de rua morre após pedir socorro em padaria de Ipanema e ser ignorado
Redação

Carlos Eduardo Pires de Magalhães morreu na sexta (30), após ter tentado pedir ajuda para que lhe chamassem o Samu. Ignorado, ele morreu dentro da Confeitaria e Lanchonete Ipanema, no Rio de Janeiro.

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Foto: Blog Joaquim Ferreira dos Santos/ O GLOBO/ Reprodução

Carlos Eduardo, 40, era morador de rua, e era conhecido pelos trabalhadores e clientes da Lanchonete Ipanema, no Rio de Janeiro. Com um caso avançado de tuberculose, foi até a lanchonete onde sempre pedia comida, buscando ajuda pois se sentia mal, e buscava alguém que lhe chamasse o Samu.

Seu pedido de ajuda foi ignorado, e Carlos Eduardo faleceu dentro da lanchonete. Seu corpo foi mantido por cerca de duas horas, coberto com um saco de lixo, dentro da lanchonete, como se nada tivesse acontecido no local, enquanto a lanchonete funcionava normalmente, fazendo uma barreira no corpo de Carlos Eduardo com cadeiras.

Segundo o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, alguns clientes teriam pedido que a lanchonete fosse fechada até o recolhimento do corpo, dizendo que era uma questão “sanitária e humanitária”

A resposta do responsável despertou também muita revolta: “Ninguém teve humanidade quando ele estava jogado na rua. Agora que morreu jogado na minha padaria querem que eu tenha humanidade”

Uma amostra do que o capitalismo reserva aos negros, e aos sem-teto: fome, descaso e morte.

“Eu cheguei aqui exatamente na hora em que ele caiu, morto, dentro da padaria. Ele estava com a camisa ensanguentada, de tanto tossir e cuspir sangue. Mas, como sempre acontece, as pessoas não ouvem os moradores de rua e só oferecem o desprezo. Ele não conseguiu ajuda, é muito triste”, foi o que disse o jornaleiro Tarcísio Filho, que trabalha na região, para o portal Extra.

Em fotos publicadas online é possível ver a lanchonete funcionando normalmente, com pessoas comendo a metros de distância de onde o corpo de Carlos Eduardo foi coberto.

 
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