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MASSACRE DE PARAISÓPOLIS
Há um ano de Paraisópolis, polícia alega legítima defesa: exigimos justiça
Redação

Após um ano do massacre de Paraisópolis, em que a polícia militar assassinou nove jovens no Baile da DZ7, exigimos justiça.

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Foto: Daniel Arroyo/Ponte

Após um ano do massacre de Paraisópolis, em que a polícia militar assassinou nove jovens, em sua maioria negros, as famílias das vítimas ainda aguardam por resposta e justiça.

Em entrevista à Folha, os pais de uma das vítimas, Gabriel Rogério, afirmam que estão desempregados e vivendo de doações, uma vez que a indenização prometida demagogicamente por João Dória (PSDB) nunca foi paga. A mãe de Gabriel desenvolveu síndrome do pânico após a morte do filho único e espera incansavelmente por justiça.

Em 1º de dezembro de 2019, durante um baile funk em Paraisópolis, a PM de São Paulo entrou na comunidade sob o pretexto de estar perseguindo dois suspeitos, disparou tiros na população, dispersou os jovens, encurralou diversas pessoas em uma viela pequena, na qual oito jovens morreram com laudo de pisoteamento, contusões e escoriações.

Existem dois processos em curso sobre o caso. A primeira investigação é conduzida pela própria PM e aponta ter sido uma ação de legítima defesa dos policiais: "Aponto o nexo de causalidade entre a ação dos 31 policiais militares averiguados e a morte das 9 vítimas na comunidade de Paraisópolis, porém marco que houve excludente de ilicitude da legítima defesa própria e de terceiros" aponta a Corregedoria em relatório obtido pela Folha. Trata-se de uma prova do caráter racista e assassino da polícia, que trata o massacre contra a juventude pobre e negra como "legítima defesa". A segunda, como escremos aqui, tem sido paralisada por brechas jurídicas utilizadas pelos policiais em prol da impunidade.

Nós, do Esquerda Diário, prestamos toda solidariedade às famílias das vítimas. É necessário que as famílias, os movimentos sóciais, sindicatos e a esquerda tenham acesso a todas as informações do processo para colocar em pé uma investigação independente dessa polícia sobre o caso, para que os policiais envolvidos com as mortes sejam devidamente culpados pelos assassinatos que cometeram. Essa política de extermínio do povo negro, colocada em prática todos os dias pela PM, é aprofundada pelo governo racista de Bolsonaro e Mourão. Enquanto o Judiciário racista mantém milhares de jovens negros presos sem julgamento, a polícia pode ser julgada e absolvida por seus próprios tribunais.

Diante disso, está sendo chamado um ato hoje, dia 01/12, às 16h30, no Palácio dos Bandeirantes, no portão 2, em São Paulo. Nós do Esquerda Diário seremos parte de exigir justiça a esses jovens que tiveram a juventude arrancada pelas mãos da polícia.

 
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