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Seminário Feminismo e Marxismo Nordeste e Espírito Santo
05/12: Letícia Parks e Cris Santos debaterão “Classe, raça e gênero” em Seminário do Nordeste e ES
Redação

No próximo sábado, dia 05 de Dezembro, Letícia Parks e Cris Santos debaterão o tema “Classe, raça e gênero” no Seminário Feminismo e Marxismo do Pão e Rosas, encontre aqui link para inscrição!

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O Seminário Feminismo e Marxismo do Pão e Rosas está sendo organizado por meio do Campus Virtual do Esquerda Diário, com inscrições aqui.

Esta sessão do seminário tem como tema Classe, Raça e Gênero, será debatida a origem do racismo vinculado a exploração, dialogando sobre as amarras do patriarcado e seu bem sucedido casamento com o sistema capitalista. Letícia Parks, professora e fundadora do Quilombo vermelho, assim como editora do livro A Revolução e o Negro e Cris Santos, turistóloga e militante do Quilombo Vermelho, farão a abertura da discussão com exposições e a atividade será mediada por Julia Panequi, estudante da UFRN.

A equipe de realização do seminário separou conteúdos para preparar esta discussão, confiram abaixo:

1. Podcast: Feminismo e Marxismo Ep 21 - Mulheres Negras e Marxismo
2. Podcast: Feminismo e Marxismo Ep 5 - Capitalismo, racismo e patriarcado
3. Vídeo: As contradições do Liberalismo para a luta negra
4. Artigo: Raça, classe e gênero: sobre a luta das mulheres por um feminismo socialista de Leticia Parks e Flávia Telles

Os Podcasts estão disponíveis em todas as plataformas, linkamos o acesso no youtube.

No dia 12 de Dezembro, na quarta e última mesa, acontecerá uma discussão sobre o marxismo histórico relacionado à questão LGBT, para debater qual estratégia para batalharmos pela emancipação sexual e de gênero, dialogando também com os temas da Revolução Russa e a teoria da Revolução Permanente de Leon Trótski, com Virgínia Guitzel, poeta e estudante de Humanidades na UFABC e Marie Castañeda, estudante da UFRN.

O feminismo e sua relação com a teoria marxista emerge no processo de dominação, exploração e opressão da classe trabalhadora na sociedade capitalista marcada, principalmente, pelo conservadorismo e patriarcalismo em um contexto econômico, social e político com profundas desigualdades de classe, sexo/sexualidade e raça/etnia, que são submetidas as mulheres em contextos sócio-históricos determinados.

Sendo assim, as contribuições teóricas e políticas do marxismo trouxeram ao feminismo o conhecimento sobre sua gênese suscitada nas e pelas relações sociais de produção e reprodução do capital direcionando e fortalecendo a luta das mulheres como sendo indissociável da luta de classes com caráter anti-imperialista e anticapitalista mediadas por ações políticas revolucionárias.

O debate sobre o feminismo marxista contemporâneo e as lutas sociais de classe, sexo/sexualidade e raça/etnia diante da intensa desigualdade social, pauperização, precarização do trabalho e da gravidade de subordinação e atos bárbaros de violência contra a mulher e elevados índices de feminicídios, a discriminação e homicídios vivenciados por outros grupos nos cenários internacional e, em particular, no caso brasileiro, são resultantes de relações antagônicas das classes sociais no interior de uma “democracia” burguesa a qual se faz necessária e urgente o fim da propriedade privada, o reconhecimento na liberdade individual, igualdade de direitos, condições de trabalho e renda valorizados, entre outras inúmeras lutas, em contraposição e resistência à dominação capitalista sob orientação da teoria marxista socialista revolucionária.

São as mulheres trabalhadoras em meio a pandemia da Covid-19 e a grave crise econômica que estão na linha de frente de inúmeros processos de lutas sociais. Com a força das mulheres negras na rebelião antirracista contra a violência policial nos Estados Unidos ecoando em todo o mundo. Na Nigéria, com os protestos pelo fim da polícia e contra a repressão. Na Revolta Chilena, com as mulheres na linha de frente e suas greves internacionais contra a repressão do Estado, violência sexual e torturas. No Brasil, denunciando o assassinato dos seus filhos e filhas dentro de casa pela mão da polícia mais assassina do mundo.

Fomos também, as que tomamos as ruas contra Bolsonaro em 2018 por meio de um movimento espontâneo de mulheres com ações e gritos de #EleNão e #EleNunca, na linha de frente das manifestações da juventude em 2019 e as que mais sofrem os impactos de seus ataques. Cada ataque aprovado desde o Golpe Institucional, com a Reforma Trabalhista, a Lei do Teto de Gastos, a Reforma da Previdência e, recentemente, a Reforma Administrativa, além da retirada de direitos sociais e financiamentos públicos nas áreas da educação, saúde, assistência, segurança e trabalho, que atingem em maior proporção as mulheres e com ainda mais força as mulheres negras, destinadas aos postos de trabalho mais explorados e precarizados. A atual situação reacionária no Brasil, onde o conjunto dos setores que fizeram o Golpe Institucional, Mourão, Damares, o parlamento, o judiciário, os militares, estão unificados para aplicar os ataques, é acompanhado por uma ofensiva contra os direitos das mulheres e pessoas trans, como com a declaração assinada pelo Brasil nesta semana contra o direito ao aborto, ou a reacionária portaria anti-aborto aprovada poucos dias após os ataques de grupos de extrema-direita contra a menina de dez anos no Recife. Nas eleições municipais deste ano são apresentados planos para levar adiante cada um destes ataques. Mais do que nunca as mulheres lutadoras precisam se armar de ideias para batalhar por uma saída que se enfrenta com toda essa podridão misógina, machista, racista e LGBTfóbica, inimigas das trabalhadoras e trabalhadores.

As trabalhadoras, feministas anticapitalistas e socialistas revolucionárias apostam que as mulheres, também, estejam na primeira linha da luta política e na luta de classes para derrotar os capitalistas, seus governos e seu Estado. Somos conscientes de que, nesses combates atuais, lutando para impor um programa que dê uma saída da classe trabalhadora e independente dos capitalistas à crise que a humanidade atravessa, está em jogo como nos preparamos para futuros combates. Somos cientes de que necessitamos pôr em pé uma organização política revolucionária da classe trabalhadora que abra a perspectiva de derrotar o capitalismo e impor uma nova ordem socialista, onde sejam abundantes o pão e, também, as rosas.

 
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