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RACISMO
Ato em frente ao Carrefour no Centro de BH exige justiça por João Alberto
Redação Minas Gerais

Em manifestação em repúdio ao assassinato de João Alberto em um Carrefour em Porto Alegre, ato é realizado em frente a uma das lojas do supermercado no Centro da capital mineira. Enquanto os manifestantes iam chegando e tomando a voz, a direção do estabelecimento decidiu pelo fechamento das portas. Ato seguiu em direção ao Carrefour da rua São Paulo, também na região central de Belo Horizonte, onde os manifestantes entraram no estabelecimento aos gritos de Carrefour racista!

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As imagens chocantes que circularam as redes não deixam nada menos do que o sangue fervendo de pura indignação: João Alberto Silveira Freitas foi assassinado a sangue frio, um dia antes do Dia da Consciência Negra, por um segurança e um policial militar que o abordaram cruelmente enquanto realizava compras em um supermercado do Carrefour na cidade de Porto Alegre (RS). A rede de supermercados Carrefour já foi protagonista de outros absurdos, como em agosto desse ano quando um trabalhador morto no expediente foi escondido sob guarda-sóis por mais de 3 horas para que o hipermercado não parasse o funcionamento.

Em Belo Horizonte (MG) foi realizado a partir das 15h um ato com centenas de manifestantes na região central em frente ao Carrefour da avenida Afonso Pena com Guajajaras. A direção do estabelecimento mandou fechar as portas quando as pessoas começavam a se organizar em frente, manifestando sua indignação e gritando palavras de ordem, como "Por menos que contem a história, não te esqueço meu povo. Se Palmares não vive mais, faremos Palmares de novo!" e "João Alberto presente!

Após falas, o ato se dirigiu a um segundo Carrefour da região central, localizado no shopping Cidade, no qual os manifestantes entraram aos gritos de "Carrefour Racista!".

Veja vídeos e imagens do ato e a fala de Maria Eliza, estudante de biologia da UFMG, militante do Quilombo Vermelho e redatora do Esquerda Diário, sobre mais esse caso assassinato brutal fruto do racismo estrutural que serve a estas mega empresas lucrarem em cima do trabalho das pessoas racializadas. Racismo este que inclusive o vice-presidente Mourão diz não existir no Brasil.

Esse assassinato coloca mais um vez em evidência nacional o que o governo Bolsonaro e Mourão tentam esconder, o racismo estrutural profundo de um sistema capitalista apodrecido, que aqui no Brasil se fortalece sob as rédeas instáveis de um regime fruto de um golpe institucional que foi imposto pelos bancos e grandes empresários e seus representantes institucionais no Congresso, no STF ou na mídia golpista, para que as consequências da crise econômica caíssem somente sobre as costas da população trabalhadora, no Brasil, majoritariamente negra.

É para esse projeto de "solução" burguesa da crise que serve o racismo estrutural, para aumentar a repressão, o encarceramento em massa e o assassinato policial dos negros para facilitar as reformas que brutalizam sobretudo a vida dessa população, para naturalizar a destruição completa dos direitos trabalhistas, as privatizações e o desmonte da saúde pública que, frente a uma pandemia, acaba por deixar morrer sobretudo negros.

 
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