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RACISMO
Secretário estadual do PDT emprega PM envolvido no assassinato de Claudia Ferreira
Redação

Boaventura era um dos agentes na morte de Claudia Silva Ferreira, negra, brutalmente baleada e arrastada pelas ruas da Zona Norte do Rio.

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Imagem: Reprodução

O capitão da Polícia Militar Rodrigo Medeiros Boaventura foi nomeado o novo superintendente de Combate aos Crimes Ambientais, da secretaria estadual de Ambiente e Sustentabilidade, comandado pelo deputado licenciado Thiago Pampolha (PDT) no interior do governo interino de Claudio Castro (PSC). A informação foi divulgada pelo Jornal Extra

Seis anos após o assassinato brutal de Claudia Ferreira, morta pela polícia, seus algozes não foram julgados nem punidos pela PM. Ela foi arrastada por 300 metros na Estrada Intendente Magalhães em 2014. Boaventura comandou a operação no Morro da Congonha, em Madureira, no dia do brutal crime racista contra uma mulher negra.

De forma absolutamente escandalosa, o policial foi considerado apto a atuar na área correcional da PM, e passou a ser responsável por investigar as mortes cometidas em operações. Não satisfeito em realizar operações sanguinárias nas favelas, o braço armado do estado ainda protege os seus, colocando um envolvido nesse caso brutal para julgar outros crimes similares. A Seas ainda defendeu em nota que "Rodrigo Boaventura responde a processo e não existe nenhuma condenação".

Militarizar a política é escolher o lado da polícia contra os negros e trabalhadores

O PDT apostou em uma delegada para concorrer nas eleições municipais, A Martha Rocha que é policial e ex-delegada, foi chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, entre 2011 e 2014, no governo Cabral no auge da implementação das UPP’s. Em 2011, o resultado da sua gestão foi de 523 assassinados no estado do Rio, segundo o ISP.

Levando a frente essa mesma linha, dessa vez na prática, inclui o assassino de Claudia no interior do governo Claudio Castro. É apenas o significado de querer reivindicar uma corporação tão reacionária quanto mantenedora da ordem profundamente desigual do Rio de Janeiro. Além de possuir vínculos com a milícia, o tráfico e reprimir os trabalhadores sempre que há mobilização.

Com esse passo, o partido toma um lado, dos capitalistas contra todas as vítimas do estado. Vai na absoluta contramão do levante massivo contra a violência policial que eclodiu nos EUA. O resto da esquerda não passa impune a militarização da política, inclusive Renata Souza teve um vice policial e o PT teve candidatos policiais pelo país.

Por justiça a Claudia Ferreira, defendemos que a esquerda deve manter sua independência da polícia e exigir que esse caso seja julgado e os responsáveis, punidos. Se trata de um crime contra sua memória que um dos seus algozes entre no governo e ainda por um partido dito de esquerda, mas que toma o lado dos que ceifam a vida de mulheres, negras e negros e trabalhadores.

 
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