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Em meio a pandemia, atendimento médico no Amapá é prejudicado devido à falta de energia
Redação

O apagão que ocorre na capital gera transferências de pacientes, falta de atendimento médico em unidades de saúde e impossibilidade da realização de testes para COVID com melhor qualidade.

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Foto: Reprodução/ Rede Amazônica

O apagão no estado do Amapá piorou o atendimento básico de saúde aos moradores de Macapá que apresentam sintomas da Covi-19. A capital sofre exatamente no momento em que uma nova onda da pandemia assola a cidade.

Três UBS (Unidades Básicas de Saúde) foram convertidas em polos exclusivos de atendimento a pacientes com suspeita de Covid-19, em regiões distintas da cidade. Segundo a Folha, o apagão obrigou transferências de pacientes, interrupção do funcionamento de uma unidade por 24 horas, sobrecarga em razão do deslocamento de pacientes e interrupção de testes do tipo RT-PCR, os mais precisos, com análise da carga viral no organismo.

Pelo menos uma UBS ficou impossibilitada de armazenar e refrigerar o material colhido para a realização dos testes, em razão da falta de energia. Assim, os pacientes são encaminhados para os chamados testes rápidos, que detectam anticorpos no organismo e que dependem de uma janela imunológica maior para que tenham alguma eficácia. Os índices de erro desses testes, cujos resultados são quase instantâneos, são significativamente maiores do que os do tipo RT-PCR.

Veja aqui: Edição especial sobre Amapá do Esquerda Diário de mais que 5 min pela voz dos trabalhadores.

O teste RT-PCR seguia paralisado na UBS Santa Inês, que funciona num galpão de escola de samba improvisado desde o início da pandemia, onde funciona como uma unidade de saúde, na orla do Rio Amazonas. Os pacientes que chegam ao galpão, um enorme ginásio com aspecto de um hospital de campanha adaptado, só conseguem fazer o teste rápido.

Na casa do professor Salomão Prata, 46, a mulher, Antônia, e as duas filhas jovens tiveram sintomas de Covid-19, como febre, dor no corpo e dor de cabeça. Na terça-feira (3), a família compareceu à UBS Santa Inês e foi orientada a retornar no dia seguinte para a realização dos testes, segundo à Folha.

Um apagão deixou 90% da população no escuro à noite provocado por um incêndio nos transformadores de uma subestação de distribuição de energia. Prata e a família voltaram à UBS no dia seguinte, mas já não havia qualquer possibilidade de realização do teste RT-PCR, em razão da falta de energia para armazenar o material coletado.

"Eles nos disseram que, caso fosse instalado um gerador de energia, seria possível", afirmou o professor. Ele voltou com as filhas nos dias seguintes, e só foi possível fazer os testes rápidos, cujos resultados foram negativos. "Este teste não é conclusivo. Vou continuar na dúvida".

Nesta terça, Prata e a esposa, que ainda sente os sintomas da Covid-19, retornaram novamente na UBS. O encaminhamento foi para um teste rápido, em razão da falta do teste mais preciso.

A família vive em Santana, cidade vizinha a Macapá, no bairro Remédio 2. Os efeitos do apagão ainda sem previsão de fim, ainda são sentidos pela população. A empresa responsável estabeleceu um racionamento de energia, deixando sem eletricidade de 0h às 6h e das 12h às 18h. “Ninguém dorme nesse calor”, disse Prata.

Em decorrência do calor úmido e intenso, a existência de aparelhos de ar condicionado é comum nas casas macapenses. Com o apagão e racionamento, dormir ficou mais difícil.

Veja aqui: No Macapá, apagão traz mais insegurança, riscos no trabalho e calor para a população.

 
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