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Sergio Moro afirma em entrevista que “em 2022 devemos ter alternativas não polarizadas”
Redação

Responsável direto pela degradação do regime brasileiro, Sergio Moro, em entrevista a O Globo, cinicamente criticou o ambiente de polarização entre esquerda e direita e admitiu ter conversado com nomes que buscam construir uma alternativa.

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“O brasileiro tem um perfil mais moderado, e essa moderação favorece comportamentos de tolerância, que é o que nós precisamos, e o fim desse ciclo de ódio, que envolve principalmente as figuras do presidente (Bolsonaro) e igualmente do PT, especialmente o ex-presidente Lula”, afirmou Moro.

Entretanto, Moro, que foi responsável pelo avanço da Lava-Jato, e ator central não só do golpe institucional de 2016, como também da prisão e proscrição de Lula das eleições em 2018, esquece que essa “polarização” foi fruto da sua atuação na Lava Jato ao vazar escutas obtidas de forma ilegal para a imprensa, em nome dos interesses do imperialismo e do golpismo, ao ter conduções coercitivas, prisões arbitrárias, a formação de uma verdadeira “indústria da delação”, que a própria Lava-Jato tentou usar depois como “fundo privado para o combate a corrupção”, mas não conseguiu.

Moro também afirma que Luciano Huck, João Dória, Mandetta, João Amoêdo, Hamilton Mourão, seriam boas opções de candidatos de centro, que não se afirmam nem como esquerda ou direita. Porém, sabemos que esses candidatos só estão preocupados com o lucro e com o capitalismo e nada fazem para lutar pela emancipação dos trabalhadores.

Ao ser perguntado sobre a vitória de Joe Biden nos EUA, Moro afirmou que “o resultado nos Estados Unidos mostra que o país continua uma democracia forte. Um dos significados da democracia é permitir essa alternância de poder”. Entretanto, a democracia nos EUA não é muito democrática, pois a democracia americana não possui apenas um Senado que não foi eleito, mas, também, um Colégio Eleitoral, que impede a eleição presidencial direta. O ramo judicial, também, não é eleito diretamente.

Moro ainda defende as reformas, dizendo serem importantes e que fariam a diferença: “Não podemos esperar um eventual segundo mandato, um próximo presidente. Temos que trabalhar nas reformas desde já”. Mas, como já tínhamos denunciado aqui no Esquerda Diário, as reformas destroem a saúde e educação, blindam os de cima e atacam os de baixo. A Reforma Tributária, por exemplo, taxa os mais pobres e alivia impostos dos ricos. Já a Reforma da Previdência, só favorece os patrões.

Ao invés do vale tudo eleitoral, a esquerda deveria colocar de pé um polo de independência de classe que tenha como primeira tarefa construir a frente única operária para barrar a reforma administrativa. Além dela, é necessário lutarmos pela reversão de todas as reformas e o não pagamento da dívida pública. Essas demandas devem ser colocadas através da luta por uma nova constituinte, para que os trabalhadores possam discutir o conjunto dos profundos problemas do país e da vida da classe trabalhadora.

 
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