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Privatização da Petrobrás
Preço do botijão bate recorde em agosto e pressiona o custo de vida dos mais pobres
Redação

Novembro começou com um aumento de 5% no preço do GLP anunciado pela Petrobrás. Já é o 9º aumento do ano, o que pressiona ainda mais o custo de vida das famílias brasileiras, que ainda tem que se enfrentar com o desemprego, trabalho precário em meio aos cortes nos programas de auxílio emergencial por parte do governo Bolsonaro.

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Em um cenário onde as taxas de desemprego batem recorde, o preço do gás já subiu mais do que a inflação. Segundo matéria do SPTV a alta acumulada do ano já ultrapassa 45%.

Esse aumento somado à inflação de itens de consumo básico, pressiona mais o custo de vida das famílias mais pobres. Segundo o IBGE, a renda média de todos os trabalhos no país seja de R$ 2.308 mensais, mas se olharmos o rendimento das famílias mais pobres, que são as mais afetadas não só pela pandemia, mas [pelos ataques do governo de Bolsonaro e Guedes que resultam em mais desemprego e trabalho precário, a média cai para R$ 805 mensais, menos do que 1 salário mínimo. Comparando os aumentos dos preços com a queda na renda, é flagrante como o aumento de outro item essencial como o gás de cozinha recai ainda mais sobre as famílias mais pobres.

Preços que aumentam junto com o avanço da privatização na Petrobrás

O governo Bolsonaro e setores patronais do setor de produção e distribuição de derivados de petróleo cinicamente criticam o aumento dos preços, dizendo que eles são fruto da “falta de competitividade no mercado” para defender uma política de avanço na privatização da Petrobrás. No entanto, é o próprio processo de privatização da Petrobrás que beneficia ainda mais o lucro do setor privado às custas da degradação das condições de vida da maioria da população.

Para se ter uma ideia, segundo nota de imprensa da própria Petrobrás: “o GLP é vendido pela Petrobrás a granel. As distribuidoras são responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final”. Enquanto a produção do GLP está praticamente toda concentrada na Petrobrás, a distribuição está na mão da iniciativa privada, onde 84% do mercado de distribuição está concentrado em apenas 5 empresas (Copagaz, Nacional, Supergasbras, Liquigas e Ultragaz).
Tomando o referencial da própria ANP, mesmo quando houve redução do preço de produção do GLP pela Petrobrás (em abril/2020 a redução foi de 8% em relação ao mês anterior), o preço ao consumidor final não reduziu. O próprio relatório citado aponta que essa margem foi incorporada pelas distribuidoras, ou seja, incorporadas nos lucros das empresas privadas do setor.

A política de aumento de preços de itens básicos só pode ser combatida com a estatização da Petrobrás, com monopólio estatal da produção e distribuição sob controle dos trabalhadores petroleiros, efetivando sem concurso todos os terceirizados.

 
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