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INFLAÇÃO
Inflação termina outubro em alta de 0,86%, maior para o mês desde 2002
Redação

Alimentos, passagens aéreas e artigos para casa puxaram a alta dos preços.

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(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, fechou outubro em alta de 0,86%, a maior para o mês desde 2002. O índice mede a inflação geral do país. No acumulado de 12 meses, os preços subiram 3,92%, e no acumulado de 2020 a alta é de 2,22%.

A principal alta foi do setor de alimentos e bebidas, que subiu 1,93% no mês. Além disso, o setor de artigos para residência teve alta de 1,53%, o de transporte, puxado por passagens aéreas, teve alta de 1,19% e o de vestuário alta de 1,11%.

Os alimentos ainda são o principal componente da inflação no ano. O custo da alimentação em casa aumentou 18,41% nos últimos 12 meses, enquanto alguns alimentos básicos aumentaram ainda mais. O tomate aumentou 50% em 2020, o arroz 59,48% e o óleo de soja 77,69%.

Os diferentes tipos de inflação

O IPCA, índice de inflação mais famoso e mais divulgado pela mídia, busca medir uma inflação “geral” do país. No entanto, a alta de preços, que atinge de maneira diferente cada setor de bens, também atinge de maneira diferente cada faixa de renda. Assim, por sua definição, o IPCA mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.

O IBGE elabora também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que busca medir a inflação para famílias assalariadas que recebem de 1 a 5 salários mínimos. Este índice terminou o mês de outubro com alta de 0,89%, levemente superior à do IPCA. Os itens que mais subiram foram os alimentos, com alta de 2,11%, artigos de residência, que subiram 1,35% e vestuário, que subiu 1,16%. O setor de transportes, por exemplo, teve alta de 0,68%.

Vê-se assim que para as famílias de renda mais baixa a inflação foi maior do que a média nacional, inclusive no preço dos alimentos. Este setor também foi mais afetado pelas medidas da MP 936, como a diminuição ou suspensão dos salários, diminuindo sua renda enquanto preços de produtos básicos como arroz explodiam.

Estes setores mais pobres também vão ficar sem o auxílio-emergencial, que mesmo em um valor insuficiente, havia se tornado a única fonte de renda de inúmeras famílias.

Neste sentido, é fundamental lutar pela manutenção dos empregos, com a proibição das demissões, sem corte de salários, e o congelamento dos preços dos produtos básicos em seus níveis anteriores a pandemia, e um plano de obras públicas, com uma reforma urbana radical, que possa gerar empregos para os milhões de desempregados do país hoje.

 
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