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ELEIÇÕES 2020
Russomanno volta a usar expressão racista em meio a campanha, diz Letícia Parks
Redação

Celso Russomano, candidato a prefeitura de São Paulo pelo Republicanos, disse hoje que "não vê diferença entre negros e brancos" e que "tem grandes amigos que são negros".

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A afirmação de Celso Russomano (Republicanos) ocorreu durante sabatina promovida pela UOL, em parceria com a Folha de S. Paulo, comandada pelo colunista do UOL Diogo Schelp e Camila Mattoso, editora do "Painel", após fazer críticas a Prefeitura no Dia da Consciência Negra, dizendo se tratar de "ato de vandalismo" as imagens de punhos fechados que foram usadas nos semáforos da cidade.

Letícia Parks, que faz parte da Bancada Revolucionária de Trabalhadores, candidatura a vereança em São Paulo, diz: é um completo absurdo a fala de Russomano afirmando que "não vê diferença entre negros e brancos" e que "tem grandes amigos que são negros"! Sabemos que no Brasil as negras e os negros são o setor que estão nos piores postos de trabalho, ganham os menores salários, sofrem o racismo estrutural do capitalismo e nessa pandemia são os mais afetados, sendo os que mais morrem.

E Russomano, candidato que detém o apoio de ninguém menos do que o racista e misógeno de extrema direita Bolsonaro, disse: "Eu não vou polarizar essa questão. Eu fui criado por uma mãe de leite, negra. Eu sou uma pessoa que não vejo diferença entre os negros e os brancos. Tenho grandes amigos que são negros. E tive namorada, inclusive. Eu não tenho problema nenhum com isso."

Além de reivindicar as amas de leite, que eram as escravas que alimentavam os filhos dos brancos na Casa Grande, diz que tem até amigos que são [negros] e que não tem problema com isso. A questão é que o racismo estrutural é sentido na pele e vida de todos os negros das periferias diariamente, tantos que morrem nas mãos da polícia racista, situação que se agrava no governo Bolsonaro.

Por isso precisamos lutar pela igualdade salarial entre negros e brancos, homens e mulheres, em um país onde as mulheres negras chegam a ganhar 60% a menos que os homens brancos.

Precisamos lutar contra o racismo estrutural dessa sociedade, nos inspirando na força do Black Lives Matter, e por meio da nossa mobilização lutar contra toda forma de opressão e exploração e pela construção de uma nova sociedade.

 
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