(Foto: Divulgação / Imagem de Arquivo)
Após o absurdo caso de Mari Ferrer, onde a vítima foi culpabilizada pelo Poder Judiciário, o comentarista bolsonarista Rodrigo Constantino deu declarações também culpando as mulheres pela violência que sofrem, proferindo absurdos como dizer que puniria sua filha caso ela fosse estuprada, e também dizendo que existem mulheres que são “vagabundas” e “piranhas”, além de reclamar das “feministas mal-amadas”.
Estas declarações levaram a que ele fosse demitido de redes de mídia como a Jovem Pan, Record, Rádio Guaíba e o jornal Correio do Povo.
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Janaína Paschoal, que protocolou o pedido de impeachment de Dilma e que se elegeu na onda bolsonarista em 2018, veio em defesa de Constantino, contemporizando sua fala. Afirmou que ele se expressou de maneira infeliz e estava em um dia ruim, e sofria perseguição política por suas posições, e afirma ainda que se fosse alguém de esquerda defendendo a presença de adolescentes em pancadões para “transar com o bonde” estaria sendo defendido.
Janaína ignora a intensa repressão que os pancadões sofrem, como o que ocorreu no início de 2020 em Paraisópolis, onde 9 jovens foram assassinados em uma operação policial em um baile funk. Além disso, ela contemporiza a culpabilização da vítima em casos absurdos de violência contra a mulher.
Por isso, é necessário um feminismo que enfrente a extrema-direita, e toda a burguesia que não pode garantir direitos para as mulheres. Só as força das ruas pode impôr justiça para Mari Ferrer e enfrentar até o fim o machismo.
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