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AQUECIMENTO GLOBAL
Biden promete reincorporar EUA ao Acordo de Paris caso seja eleito
Redação

Após confirmação oficial da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, com a política negacionista e predatória de Trump e a extrema direita, Biden prometeu reincorporar os EUA já no 1º dia de mandato caso seja eleito. Entretanto, somente se reincorporar ao Acordo não garante proteção ambiental, já que desde o momento que os EUA assinaram o tratado, não houve diminuição na emissão de CO2.

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Foto: Brendan McDermid/Reuters

Nesta quarta-feira, 04, o governo dos Estados Unidos anunciou saída oficial do Acordo de Paris, tratado de 2015 que tem como objetivo diminuir a emissão de gases poluentes, em que supostamente países capitalistas de todo o mundo se comprometeram a não poluir e não destruir a natureza.

O candidato democrata Joe Biden, declarou em seu Twitter que “hoje, o governo abandonou oficialmente o Acordo de Paris. Em exatamente 77 dias, um governo Biden voltará a incorporá-lo”, se referindo ao dia 20 de janeiro de 2021, início do mandato do presidente eleito dos Estados Unidos.

De fato o negacionismo e reacionarismo de Trump têm impactado no meio ambiente em diversos países. Toda a extrema direita carrega essa política predatória, incluindo o presidente Jair Bolsonaro que junto com Ricardo Salles vêm destruindo a natureza brasileira, queimando e desmatando a Amazônia, o Pantanal e tantos outros biomas e regiões, declarando como "adoraria explorar a Amazônia com o Estados Unidos” e “passando a boiada”, como dito pelo ministro do meio ambiente durante a pandemia.

Os Estados Unidos, por serem uma potência imperialista, acabam por destruir não somente a natureza de seu território, como internacionalmente em diversos países atacam o meio ambiente. Essa atuação é reforçada com as políticas negacionistas de Trump ao sair deste Acordo, ao flexibilizar leis que regulam os limites de emissão de gases de efeito estufa e toda sua política e atuação ao longo de seu governo.

Entretanto, o que Biden e o Partido Democrata não declaram é que justamente pela potência imperialista que os EUA são no sistema capitalista reinante, chega a ser cinismo dizer que o país irá cumprir com a proteção ambiental.

Esse discurso demagógico já vimos de outros países importantes da produção capitalista, como a França e Noruega ao repudiarem as queimadas na Amazônia em 2019 quando ao mesmo tempo possuem empresas multinacionais que estão em território amazônico sugando as riquezas naturais e depredando o meio ambiente.

Leia também: Qual o interesse de Macron, Merkel e o G7 diante do fogo bolsonarista na Amazônia?

Os Estados Unidos foram durante todo o século XX o país que mais emitia CO2 em quantidade total. Somente em 2007 a China passou a liderar a emissão de dióxido de carbono, mas os EUA se mantêm em segundo lugar, não conseguindo reduzir as emissões de CO2 mesmo após em 2015 o então presidente dos EUA, Barack Obama, ter assinado o Acordo de Paris.

Os capitalistas não podem combater a crise climática e ambiental, pois isso exigiria que o sistema fosse abolido por completo. O capitalismo é baseado no princípio de que os recursos finitos devem ser propriedade privada, explorados e trocados com o único propósito de enriquecer uma ínfima minoria.

Não é possível um capitalismo mais humano, “verde e sustentável”, apesar dos discursos de diversos políticos como o próprio Biden ao declarar que caso se eleja retornará ao Acordo de Paris, como se isso fosse garantia de proteção ambiental, como se de 2015 a 2020, desde que os EUA entraram no pacto, tivessem conseguido emitir menos gases estufa.

 
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