Mariana era virgem, e foi drogada pelo empresário para que o crime fosse cometido. Agora, o caso vem à tona novamente quando se toma conhecimento público da sentença proferida pelo juiz de “estupro culposo”. Apesar de não estar prevista no código penal brasileiro, a invenção do juiz afirma que o empresário não teria intenção de estuprar a vítima, pois, de acordo com o magistrado e a defesa, não tinha como saber que ela não teria consentido com o ato. Assim, o empresário foi inocentado.
Além disto, o site Intercept Brasil divulgou imagens do julgamento em que o advogado de defesa humilha Mariana Ferrer, e que a vítima se dirige ao juiz dizendo “Excelentíssimo, eu tô implorando por respeito, nem os acusados são tratados do jeito que estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente. O que é isso?”. O juiz não faz nada, apenas oferece um tempo para que ela se “recomponha”.
É inaceitável essa prática que promove uma nova violência contra a jovem em meio ao julgamento. Só reafirma o caráter autoritário e arbitrário dessa justiça dos ricos. Por isso é fundamental que o movimento de mulheres que se coloca em defesa de Mari Ferrer confie somente na força da mobilização independente das mulheres e dos movimentos de trabalhadores para alcançar de fato justiça nesse caso.
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Com apresentação de Diana Assunção, do Pão e Rosas, conheça o podcast Feminismo e Marxismo sobre a luta das mulheres contra a opressão e a exploração, desde o resgate histórico de grandes eventos e suas protagonistas até as perspectivas da luta feminista junto a classe trabalhadora nos dias de hoje.
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