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ELEIÇÕES 2020
Donos da Crefisa, Cyrela, Safra e Cosan estão entre os que mais doaram para campanha de Covas
Pedro Rebucci de Melo

Multimilionários conhecidos pelo apoio a Bolsonaro embarcam de cabeça na campanha de Bruno Covas e realizam vultuosas doações empresariais através de seus proprietários

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A prestação de contas da campanha a reeleição de Bruno Covas, disponível no site do TSE para qualquer pessoa, indica que diversos empresários bolsonaristas apoiam e fizeram doações de grandes quantias para sua campanha, em clara demonstração de que o suposto “progressismo” que Covas apresenta em suas propagandas não passa de demagogia para aproveitar o grande rechaço que existe ao governo de Jair Bolsonaro na cidade de São Paulo.

A maior parte do financiamento da campanha tucana, assim como todos os partidos após a proibição do financiamento privado nas eleições, é oriundo da verba pública repassada pelos inúmeros partidos de sua coligação. Entretanto, Covas e sua campanha encontraram uma forma de driblar essa legislação através das doações individuais de burgueses proprietários de grandes grupos empresariais.

Com uma doação de 200 mil reais, José Roberto Lamacchia, dono do banco Crefisa, da Faculdade das Américas e principal financiador da Sociedade Esportiva Palmeiras, aparece como o segundo maior doador individual para a campanha de Covas. Defensor declarado de Jair Bolsonaro, Lamacchia usou da sua influência no Palmeiras para dar palanque a Bolsonaro em 2018 e também é conhecido pelos processos judiciais dos quais é alvo, incluindo uma possível fraude em uma associação sem fins lucrativos

Outro bilionário famoso pelo seu Bolsanarismo rasgado é Elie Horn, dono da construtora Cyrela, que realizou uma doação de 100 mil reais para a campanha de Covas. Horn, que cinicamente se diz “socialista” foi um dos primeiros empresários que embarcou no projeto bolsonarista em 2018 e é hoje um dos principais apoiadores empresariais do governo Bolsonaro.

O homem mais rico do Brasil, o banqueiro Joseph Safra, também deu sua contribuição a Covas, mas a despeito de sua vergonhosa fortuna de 120 bilhões de reais, doou menos que seus colegas, “apenas” 75 mil reais, mais que o dobro da maior doação individual para a campanha de candidatos como Guilherme Boulos, por exemplo.

Rubens Ometto Júnior, dono de grande participação acionária em gigantes do etanol como Cosan e Raízen é mais um milionário que contribuiu com 200 mil reais para a campanha de Covas e que também é bolsonarista, conversão recente motivada pela busca de auxílio do governo federal para lidar com as grandes dívidas de suas empresas

A lista ainda conta com doações de outros milionários menos conhecidos, mas igualmente suspeitos, como José Ricardo Rezek, empresário do agronegócio que foi um dos maiores doadores do PTem um passado recente e que dessa vez doou 200 mil reais para a campanha tucana, ou como os três membros da família Peralta que juntos doaram 100 mil reais e são donos de duas construtoras e uma rede de supermercados e shoppings.

Essas doações não são gratuitas e, assim como quando havia o financiamento empresarial de campanhas, todos esses grandes burgueses esperam que a prefeitura lembre no futuro de sua “generosidade” e retribua com lucrativos contratos da cidade com essas empresas, além de alterar ou burlar as leis que restringem a voracidade das construtoras por terrenos baratos, normalmente a custa dos trabalhadores pobres que ocupam esses locais, como no caso do atual projeto de “revitalização urbana” da região do CEAGESP.

 
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