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ELEIÇÕES FLORIANÓPOLIS 2020
4 Motivos para não votar em Gean Loureiro (DEM) candidato a reeleição em Florianópolis
Pedro Costa

O atual prefeito de Florianópolis é o favorito para eleição deste ano, conheça mais do histórico do candidato, que atacou os trabalhadores e governou para os mais ricos, e porque ele é uma péssima opção para a prefeitura da cidade

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Imagem: Reprodução/Twitter

1 – Gean é um político carreirista tradicional da centro direita

Nos seus quase 30 anos de vida pública na política, Loureiro já passou pelo PDT, PMDB, PSDB, depois foi para o MDB, após o partido ter mudado de nome, até que no final do ano passado entrou para o DEM. Essas várias mudanças de partido mostram o quanto para o candidato, o partido em que está é muito mais uma questão ligada aos seus interesses políticos do momento, do que qualquer possível vínculo de convicções que este possa vir a ter com esse mesmo partido.

Como todo político de carreira, Gean teve seu mentor político, este foi Dario Berger, que atualmente é senador da república, mas já foi prefeito de Florianópolis. Foi neste período inclusive que o candidato foi nomeado presidente da Fatma (Fundação do meio ambiente), fundação essa ligada a esquemas de corrupção com a deflagração da Operação Moeda Verde em 2007, que investigou a negociação de Licenças Ambientais em Florianópolis, usadas para construção em terrenos irregulares, como o caso do shopping center construído em região de manguezal, através de licenças vendidas pela Fatma.

O próprio Berger teve R$ 18 milhões apreendidos pelo STJ por envolvimento em outro caso de corrupção, dessa vez envolvendo licitações para a operação de radares em 2011.

2 – Atacou os servidores públicos em 2017

Depois de alguns dias após ter assumido a prefeitura de Florianópolis, tendo feito uma campanha na qual prometia ser amigo dos servidores, o prefeito enviou à câmara municipal um pacote com 40 medidas de ajustes que foram aprovadas a toque de caixa pelos vereadores. Este pacote mexia diretamente com direitos dos trabalhadores em pelo menos 7 projetos, como a suspensão do Plano de Cargos, Carreira e Salário, unificação dos fundos de previdência, aumento da alíquota de contribuição, corte das gratificações e redução das horas extras para 50%, além de avançar nas privatizações.

A justificativa de Loureiro foi que os rombos nos cofres públicos somavam R$ 1 bilhão. Este pacote gerou uma grande mobilização entre os servidores, que decretaram uma greve histórica que teve 38 dias de duração e reverteu parcialmente os ataques.

Entenda mais sobre esse processo: Enfrentar os ajustes que virão com as lições da greve de Florianópolis

3 – Governa para os ricos

Enquanto ocorria os ataques aos servidores municipais em 2017, Gean manteve ilesos os sonegadores que deviam mais de R$ 1,5 bilhão de reais a prefeitura, deixando claro que para os ricos dá o perdão e para os trabalhadores faz ataques.

4 – Está envolvido em diversos casos de corrupção

Além dos esquemas investigados em 2007 com a Operação Moeda Verde, na Operação Ave de Rapina, foi citado por 2 empresários, fora isso também foi citado em diversos outros relatórios, em um deles intitulado "Anotações de reunião com Gean - 17/12", a polícia narra uma reunião em dezembro de 2010, na época como presidente da Câmara da cidade, e empresários do setor de mídia externa, onde buscam formas de burlar a legislação que regulava a publicidade nas ruas.

Em 2019, Gean foi preso temporariamente pela PF durante a Operação Chabu, tendo sido liberado após depoimento. O TRF4 determinou que Loureiro fosse afastado do cargo de prefeito pelo período de 30 dias, além de proibir o político de qualquer contato com outros envolvidos na operação, determinar que ele tivesse o passaporte recolhido e que não saísse do estado.

No final do mesmo ano, a PF concluiu o relatório da investigação e indiciou Gean Loureiro e outras 16 pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, extorsão, contrabando e falso testemunho. Ainda de acordo com a PF, Loureiro teria, em seu gabinete, uma sala segura à prova de escuta que teria sido montada com equipamentos de inteligência comprados pelo empresário José Augusto Alves, um dos outros 16 indiciados.

Em fevereiro deste ano, o prefeito foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como integrante de suposta organização criminosa, tendo arquivado os outros quatro indiciamentos da PF.

 
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