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Santa Catarina
Governadora interina de SC é bolsonarista e filha de admirador de Hitler
Redação

No evento de sua posse, confrontada pelos posicionamentos de seu pai, a mesma não criticou o negacionismo ao Holocausto proferido por ele em nome da “relação familiar em harmonia”.

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Foto: Marcos Corrêa/ Presidência da República

Com o afastamento por 180 dias do governador de Santa Catarina Carlos Moisés (PSL), investigado por crime de irresponsabilidade, sua vice-governadora, também investigada, Daniela Reinehr (sem partido), agora toma posse enquanto governadora interina do Estado, conforme avança o processo de impeachment de Moisés.

Porém, em sua posse, a governadora em exercício foi questionada pelas posições defendidas pelo seu pai, o professor de História Altair Reinehr, que dentre as atrocidades defendidas por ele, podemos destacar não só suas postagens em redes sociais defendendo ninguém menos que Adolf Hitler, exaltando que o mesmo resolveu o “problema do desemprego de 6 a 7 milhões de pessoas, revitalizou a indústria, moralizou os serviços públicos e transformou a Alemanha num canteiro de obras”, como também já publicou artigos levantando a ideia de que o Holocausto e o assassinato sistemático pelas câmaras de gás não passava de uma “lenda”. Inclusive, segundo relato de seus ex-estudantes, o mesmo era conhecido por defender essas ideias em sala de aula e de vender livros revisionistas com tal visão para estudantes.

Com os questionamentos cobrando uma posição frente ao histórico de seu e o fato de ser a nova governadora do estado, Daniela não só não condenou o nazismo e o holocausto, como também não confrontou o posicionamento de seu em nome de manter a harmonia familiar, como podemos ver nessa transcrição:

“Eu espero, daqui para a frente, e em toda a história, ser julgada pelos meus atos, pelas minhas convicções e pela postura que eu sempre tive em tudo o que eu fiz. Eu realmente não posso responder, ser julgada ou condenada por aquilo que esse ou aquele pense (sic). Eu respeito as pessoas, independente do seu pensamento, eu respeito os direitos individuais e as liberdades. E qualquer regime que vá contra o que eu acredito, contra esses elementos que eu disse, eu repudio. Existe uma relação e uma convicção que move a mim, e eu acredito que a todos os senhores, que chama ’família’. E me cabe como filha manter a relação familiar em harmonia, independente das diferenças de pensamento, indiferente das defesas (sic). Eu sou uma pessoa que, como vocês, tem problemas, que tem diferenças no seu meio familiar, que sofre, que chora, que sorri, que vibra, mas que procura dar o seu melhor para cumprir a missão que me foi conferida pelo voto dos catarinenses. Eu realmente espero que eu seja julgada novamente, que os atos sejam apartados, como foi na Comissão Mista. Eu não quero ser arrastada por atos de terceiros, por convicções de terceiros. As minhas convicções estão muito claras nas redes sociais há muito tempo. Aliás, tem muito pouco de mim, do meu particular, mas tem muito do meu pensamento, do meu ativismo, e eu realmente peço que sejam apartados os atos e que eu seja julgada e avaliada pelo que eu faço, não por atos de terceiros”

A governadora interina segue em seu mandato até pelo menos 180 dias, ainda que venha sendo investigada também. Por ser uma aliada de Bolsonaro, parte de sua equipe de defesa tem a própria advogada do mesmo. O que não é surpreendente, afinal ambos relativizam ou negam a perseguição das minorias em nome da moral e dos bons costumes e de seu próprio conservadorismo intrínseco.

 
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