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PREÇO DOS ALIMENTOS
Inflação dos alimentos entre os mais pobres é três vezes maior que aos mais ricos
Nicoli Barbosa
jovem trabalhadora

Conforme dados do Ipea, famílias de renda baixa sofrem de 3,68% da inflação, enquanto a classe mais alta ficou em apenas 1,07%.

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Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

Para os mais pobres menos comida na mesa, para os mais ricos mais lucros
Entre Janeiro e Outubro deste ano, o preço dos alimentos sofreu um aumento de 9,75%. A inflação percebida pelos brasileiros mais pobres é cerca de três vezes maior em relação à dos mais ricos.

Em relação aos últimos 12 meses (outubro de 2019), nos dados divulgados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação sentida pelas famílias de baixa renda subiu 5,48%, acima da estimativa de 4,0% do Banco Central. Já entre os mais ricos foi de 2,50% no mesmo período.

O estudo realizado pelo Ipea considera o grupo de renda mais baixa com renda inferior de R$ 1.650,50 mensais, enquanto que a faixa mais rica tem renda domiciliar mensal acima R$ 16.509,66 mil.

A alta nos preços dos alimentos básicos como arroz, feijão, carne, óleo de soja, ovos, leite impacta profundamente na vida da população que precisa destinar uma valor maior de seu orçamento mensal para a alimentação.

Os preços dos alimentos subiram pelo fato do agronegócio dar preferência a exportação dos produtos. Com a alta do dólar, a demanda externa impulsionou as exportações brasileiras. Assim, com a política de estocagem mascarada de “evitar o desabastecimento”, os alimentos como por exemplo o arroz ficam estocados sofrendo especulação, consequentemente aumentando o valor no país de origem e barateando o custo no exterior.

A técnica do Ipea lembra que os preços dos alimentos subiram tanto por um choque de oferta, uma vez que o dólar valorizado e a demanda externa impulsionaram o aumento das exportações brasileiras, quanto por um aumento na demanda doméstica por alimentos básicos, sustentada pelo pagamento do auxílio emergencial em meio à pandemia do novo coronavírus.

Enquanto o preço dos alimentos sobem, Bolsonaro destrata a população que cobram soluções. No último domingo (25), durante caminhada pela Feira Permanente do Cruzeiro, região próxima da capital federal (Distrito Federal), um homem abordou educadamente o presidente para falar sobre a alta do arroz e foi destratado, como de costume, o ex-capitão agiu de maneira rude e completou: “Quer que eu tabele, eu tabelo. Aí você vai comprar lá na Venezuela”.

É desta forma que Bolsonaro dialoga com o povo, sem se importar com suas demandas e solicitações. Mostra que além de negar a pandemia da COVID-19, também não quer combater a inflação que mata a população pela fome.

 
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