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Bolsonaro autoriza atuação das Forças Armadas nas eleições de 2020
Redação

Segundo o decreto, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, o Ministério da Defesa e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estarão articulados para garantirem a “segurança” da votação e da apuração. O que, em outras palavras, significa a união desses setores para impor medidas de força nessas eleições.

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Foto: Reprodução

Nesta terça (20) saiu no Diário Oficial da União um decreto assinado por Bolsonaro que autoriza ações das Forças Armadas nas eleições de 2020.

O documento foi editado ontem (19) e entra em vigor nesta terça. O objetivo é supostamente garantir a ordem pública durante a votação e apuração das eleições municipais.

O número de militares, os locais e o período de atuação das Forças Armadas serão definidos conforme os termos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo o texto, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, o Ministério da Defesa e o TSE estarão articulados para garantirem a “segurança” da votação e da apuração.

Ou seja, judiciário e militares estarão juntos para impor medidas de força nessas eleições. Em 2018, mais de 28 mil militares das Forças Armadas foram convocados para atuar em 598 localidades nos dois turnos de votação. Em 2016, foram 25 mil militares, e em 2014, 30 mil.

O caráter manipulador e arbitrário das eleições se desenvolveu desde então: em 2014, Aécio Neves e seu partido PSDB foram os principais articuladores do discurso de fraude nas eleições em disputa com Dilma Roussef (PT), e que rapidamente se conformou no golpe de 2016 pelos poderes do Congresso, Judiciário, e pelos acordos do PT com os setores mais reacionários da política brasileira que abriram o caminho para Bolsonaro.

É impossível não fazer a relação com a recente experiência na Bolívia, em que o país liderado pela golpista Jeanine Áñez teve as ruas inundadas de verde oliva com dezenas de milhares de policias e militares destacados para o acompanhamento das eleições, e cujo clima eleitoral cheirava a fraudes orquestradas pelo judiciário (que, por exemplo, não divulgou as prévias do resultado nas urnas).

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Essa medida acompanha as ações da extrema direita, do regime golpista na Bolívia até o discurso trumpista nos EUA, em manipular o único organismo democrático de massas de acordo com seus interesses. Mostrando que, cada vez mais, as respostas da classe trabalhadora e dos setores oprimidos não pode se reduzir ao terreno eleitoral.

 
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