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Manaus: pais e professores se mobilizam contra voltas às aulas durante pandemia
Redação

Professores e pais se mobilizam contra as aulas presenciais em Manaus frente aumento das infecções por covid-19 na cidade.

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Foto: Tácio Melo/Secom

Manaus (AM) foi a primeira capital do país que retomou as aulas presenciais. Com efeito, duas semanas após a volta às aulas já são 342 professores que testaram positivo para a covid-19. Desde agosto, esses profissionais junto aos responsáveis de alunos vêm se mobilizando contra as aulas presenciais na rede pública estadual, denunciando o grande risco de contaminação pelo coronavírus.

A escola é onde concentra aglomeração e a comunidade escolar sabe bem que nem o município e nem o estado garantem estrutura para o cumprimento dos protocolos sanitários para garantir a segurança de todos. Em Manaus, Os professores já vêm se mobilizando desde o início de agosto, a categoria que historicamente é de luta está em greve há mais de 60 dias.

O aumento dos números de infecção pela covid-19 nas últimas duas semanas causou preocupação na comunidade escolar, uma vez que esse aumento de infecções coloca em xeque a narrativa utilizada por setores da direita que justificam a reabertura irracional das escolas alegando que a cidade atingiu a imunização coletiva. Conforme o levantamento conduzido pelo Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus — Asprom Sindical, ao menos 30 professores morreram desde a chegada do coronavírus ao estado.

No dia do professor 15/10, as mortes foram lembradas no complexo turístico de Ponta negra em Manaus quando os professores fixaram cruzes na frente do complexo.

“Pensávamos que quando chegasse o Dia do Professor (15 de outubro) teríamos a comemorar pelo menos a vitória da vida sobre a morte. Com as suspensão das aulas e vidas preservadas. Mas, infelizmente, o governo não teve diálogo e estamos nessa condição de sermos obrigados a trabalhar, nos contaminando com a covid-19”, disse Lambert de Melo diretor da Asprom Sindical.

A retomada das aulas presenciais teve duas fases, no Ensino Médio as atividades presenciais, por exemplo, voltaram no dia 10 de agosto com protestos dos professores, que desde então estão em greve. Só depois de 15 dias, foram testados 1.064 profissionais da educação e 342 docentes testaram positivo para o vírus.

No marco do descaso por parte do governador do estado Wilson Lima (PSC) e do aumento do número de infecções, fica evidente que a reabertura das escolas coloca em risco a vida dos profissionais que atuam no campo da educação. Nesse sentido, também fica claro a necessidade de se opor ao retorno das atividades escolares em meio à pandemia em curso.

Leia também: Não à reabertura das escolas! Por um plano emergencial imposto pelas comunidades escolares!

 
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