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ESPECIAL 12 DE OUTUBRO
Dia das crianças: a cada 15 dias uma morre por trabalho infantil no Brasil de Bolsonaro
Redação

Nos últimos 12 anos, 279 crianças perderam a vida enquanto trabalhavam. Uma média de 23,2 mortes por ano, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN). Uma realidade em que o lucro e o trabalho explorado valem mais que a vida.

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FOTO: ASCOM8

No fim do ano passado, Bolsonaro fez declaração asquerosa em live no facebook, dizendo que trabalhou colhendo milho aos 9, 10 anos e não teve problemas por isso, além de dizer o que o trabalho "dignifica o homem e a mulher, não interessa a idade". Contudo, não é a realidade que encontra uma criança a cada 15 dias no Brasil morta pela exploração capitalista.

Nesse sentido, dados do Ministério da Saúde apontam que nos últimos doze anos quase 300 crianças morreram trabalhando. Além daquelas que perderam a vida, 27.924 sofreram acidentes gravíssimos para um ser em fase em desenvolvimento das capacidades motoras e cognitivas. Todos esses números não importam para Bolsonaro, pois para o presidente todos essas vítimas são drogados que devem trabalhar, como afirmou no dia 25 do mês passado.

Suas palavras não foram só fruto de uma mente enlouquecida, como também resultado de um projeto da burguesia que não se contenta em descarregar a conta da crise que os próprios patrões criaram nas costas dos pais e mães da classe trabalhadora do país. Afinal, como disse Marx, o capital é um vampiro que vive apenas para sugar o trabalho vivo e em sua sede caça até os filhos daqueles que explora.

Veja também: Sem aposentadoria, com crianças trabalhando: esse é o Brasil que Bolsonaro quer

Dessa forma, a combinação do capitalismo que não reserva qualquer direito à vida dos trabalhadores, que ambiciona o lucro e a exploração de trabalho humano acima de qualquer coisa, seja pelas mãos de homens ou mulheres fazendo-os de escravos ou por mãos de crianças que deviam estar brincando, com as angústias de um neoliberalismo em crise que necessita suprir quaisquer garantias trabalhistas mínimas, como pela reforma da previdência de Bolsonaro e Guedes e pela MP 936, são os responsáveis pela manutenção da morte de crianças, se valendo também do racismo para manter os privilégio de uma centena de herdeiros bilionários.

Afinal, Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016 mostram que o Brasil tem 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando. Os adolescentes pretos e pardos correspondem a 66,2% do total do grupo identificado em situação de trabalho infantil.

Em relação ao perfil econômico das famílias com crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil, 49,83% têm rendimento mensal per capita menor do que meio salário mínimo, sendo consideradas família de baixa renda.

Esses dados nos revelam que as ideias propagadas de meritocracia e as ideias de família burgueses estão longe de ser a realidade do trabalhador morador das favelas do Brasil, onde diariamente crianças morrem a caminho da escola por balas disparadas pela polícia, onde as escolas são distantes e precarizadas e faltam professores.

A pobreza como um problema multifatorial, que envolve principalmente a renda, no Brasil de Bolsonaro em que o auxílio emergencial foi reduzido de R$600 pela metade, é uma clara expressão da precariedade do trabalho com o avanço do desemprego agravado pela e dos trabalhos informais, características que agravam ainda mais o quadro de vulnerabilidade social das nossas crianças.

Nesse dia das crianças, o Esquerda Diário lembra que a realidade das crianças pobres e negras impede o direito à infância, quando crianças vivem sob realidades em que viveu Miguel, filho de Mirtes e morto pelo descaso da patroa, Sari Corte Real, ou também Ágatha, Guilherme e João Pedro, assassinadas pela polícia.

Veja também: Dia das crianças: #JustiçaParaMiguel Basta de mortes pelos patrões e pelas balas da polícia

Com informações da Agência Brasil e Brasil de Fato

 
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