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Política
Bolsonaro firma pacto com Centrão prometendo recursos para aprovar seus ataques
Redação

Em reunião de almoço com senadores do DEM (incluindo o presidente da casa, Davi Alcolumbre), MDB Progressistas e PSDB, Bolsonaro promete, em vídeos, repasses e recursos para obras no período eleitoral, nos redutos eleitorais dos partidos, para selar compra e negociação entre executivo e legislativo, afinação política que Bolsonaro precisa bancar para aprovar seus ataques.

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Nesta última quarta-feira (7), Bolsonaro reuniu-se com senadores, no Planalto, para negociar liberações de emendas e repasses de verba em período eleitoral, nos redutos eleitorais dos partidos do centrão que estavam representados pelos parlamentares. Nas redes sociais, senadores vincularam o encontro à negociação da agenda do governo no Congresso. Os intentos da reunião estavam vinculados, também, com a aprovação de Kassio Marques, indicado de Bolsonaro, para o STF.

Bolsonaro gravou um vídeo ao lado de cada senador e anunciou a liberação de recursos para obras, além de prometer novos repasses. Os vídeos foram publicados nas redes sociais. Segundo o líder do DEM no Senado, Rodrigo Pacheco (MG), a reunião serviu "para tratar das pautas prioritárias que deverão ser analisadas pela Câmara e pelo Senado até o final do ano."

O almoço reuniu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e senadores de MDB, DEM, Progressistas e PSDB, incluindo os líderes desses partidos na Casa. Os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Braga Netto (Casa Civil), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) estavam presentes.

O governo Bolsonaro é recordista na previsão de recursos para emendas - são R$ 40 bilhões programados no Orçamento de 2020. Os parlamentares usam a liberação desses recursos para "turbinar" redutos eleitorais. A lei eleitoral estabelece, porém, que os repasses não podem ocorrer nos três meses antes do pleito. Diante dessa restrição, aquilo que não foi pago até agosto deste ano só sairá do papel depois de novembro. Considerando esse cenário, o governo já garantiu, por meio de empenho, a liberação de R$ 21,9 bilhões em emendas - mais da metade do total previsto para este ano. (informações via Agência Estado)

Bolsonaro despende orçamentos bilionários em função das eleições, para comprar os partidos de centro, necessários para aprovar os projetos de governo no conhecido sistema “toma lá, dá cá” manobra política típica de governos neoliberais, que colocam o dinheiro público como ferramenta para promoção eleitoral e compra de parlamentares, para no fim, conseguir aprovar todos os seus ataques contra a classe trabalhadora que são demandados pela burguesia. Mais uma vez, parlamentares levam orçamento público que deveria estar sendo usado estrategicamente no combate à enorme crise da pandemia do Covid-19 para servir aos intentos políticos, no fortalecimento de um pacto que só faz sangrar o povo que é atacado de todos os lados, no legislativo, no executivo e no judiciário. É preciso que o povo, organizado, barre os ataques dos políticos e do judiciário, que servem somente aos capitalistas! Por isso, defendemos uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, para que o povo possa decidir os rumos do país, para que de fato, tenhamos uma saída dessa enorme crise, para que o orçamento público sirva, de forma eficaz, às necessidades da população e não às manobras políticas, as regalias dos parlamentares e aos bolsos do empresariado. Que o povo não carregue mais a crise nas costas para que a casta política faça uma farra com orçamentos astronômicos do dinheiro público, ao contrário, que o povo controle racionalmente o orçamento e que os capitalistas paguem pela crise!

 
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