Camponeses que fazem parte do Acampamento Tiago dos Santos, em Porto Velho, capital de Rondônia, denunciaram que a Polícia Militar está cercando e impedindo a entrada de alimentos no acampamento onde vivem 600 famílias, cerca de 2 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças.
No vídeo abaixo os camponeses divulgaram que a Polícia Militar impede tanto a entrada de alimentos no acampamento quanto a saída de pessoas para que possam comprar. Desde segunda-feira, 5, crianças já estariam sem leite.
A repressão por parte da PM se elevou desde que dois policiais militares foram assassinados e outros quatro ficaram feridos. Em reportagem veiculada no domingo, 4, o Fantástico divulgou que quase cem policiais, enviados pelo governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL), chegaram a região onde ocorreu o assassinato em busca dos autores. A imprensa e a polícia tem responsabilizado os camponeses pela morte do tenente, o que é veementemente negado pelos integrantes do acampamento.
Em nota, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) afirma que a morte foi em decorrência de conflitos e acerto de contas entre grupos de policiais, pistoleiros, políticos e latifundiários grileiros e que se de fato tivesse acontecido um conflito entre camponeses e policiais, deveria haver camponeses feridos também (o que não aconteceu).
O presidente Jair Bolsonaro, mostrando seu apoio aos grileiros e o mais profundo ódio a população que luta pelo direito à terra, publicou em suas redes sociais na manhã de segunda-feira um vídeo onde policiais são expulsos de um acampamento por camponeses da LCP após tentarem intimidar as famílias sem ordem judicial. Bolsonaro ainda postou "Eu tenho a minha opinião, qual é a sua?"
Com informações da Mídia1508
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