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QUEIMADAS
SECOM mente sobre queimadas e minimiza danos ambientais gerados pelo agronegócio
Redação

No sábado (26), a Secretaria Especial de Comunicação Social (SECOM) publicou em suas redes uma informação falsa acerca das queimadas no Pantanal ao comparar períodos diferentes de cada ano para afirmar que as queimadas de 2020 são as menores dos últimos 18 anos.

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Foto: Gustavo Figueirôa/SOS Pantanal

“Mesmo com os focos de incêndio que acometem o Pantanal e outros biomas brasileiros, a área queimada em todo o território nacional é a menor dos últimos 18 anos. Dados do @inpe_mct revelam que 2007 foi o ano em que o Brasil mais sofreu com as queimadas.”, afirma a publicação no twitter oficial da Secretaria

Na publicação, os dados comparados se referem aos anos de 2003, 2005, 2007, 2009, 2011, 2013, 2015, 2017, 2019 e 2020. Todos, exceto 2020, são referentes ao período de janeiro até dezembro. Na própria imagem divulgada pela Secretaria, há a informação de que os dados informados referentes ao ano de 2020 são de janeiro até agosto.

Contudo, se a comparação correta é feita, relativa ao período dos primeiros 8 meses de cada ano, as queimadas de 2020, desdenhadas pelo militar vice-presidente Mourão, já são maiores do que em 2008, 2009, 2011, 2013, 2014, 2015, 2017 e 2018, de acordo com dados do Inpe.

Em nota, o coordenador do programa de queimadas do Inpe, Alberto Setzer, afirmou ser um erro essa forma de comparação divulgada pela SECOM:

"Essa é uma falha muito óbvia, muito clara, na interpretação dos nossos dados. Não é correto você comparar o período de 8 meses, que é o que consta no nosso site na internet com os dados de outros anos relativos a 12 meses, levando em consideração que setembro, e mesmo outubro, são meses de muita incidência de fogo na região. Ou seja, a maior parte das queimadas ocorre nessa fase, como nós estamos acompanhando, e eliminar esses dados dos cálculos, não sei, é muito estranho, pra não usar uma palavra mais ofensiva.”

Somente no mês de setembro, as queimadas deste mês são as maiores já registradas na história de setembro. Sendo que o primeiro semestre deste ano foi o de maiores incêndios registrados na história do bioma.

Essa é uma tragédia ambiental sem precedentes, que teve ação humana direta, com os focos de incêndio se iniciando em quatro grandes fazendas, conforme feita investigação. Enquanto isso, o governo de Bolsonaro e Mourão segue divulgando informações falsas e minimizando tamanha atrocidade.

 
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