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MANDETTA
Mandetta e DEM não são alternativa responsável ao negacionismo de Bolsonaro
Redação

Viralizou no Twitter um vídeo de Luiz Mandetta, do DEM, privatista da saúde e ex-ministro de Bolsonaro, no programa de Pedro Bial na Globo, falando sobre Bolsonaro e suas teorias da conspiração sobre o coronavírus e a China.

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No vídeo Bial pergunta sobre uma afirmação presente no livro que Mandetta lançou sobre o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que Bolsonaro acreditava que o “coronavírus era uma arma biológica chinesa para levar a esquerda de volta ao poder”.

A declaração, o livro, e parte da entrevista com Bial coloca à luz na tentativa de um setor do regime brasileiro - no qual Mandetta se encontra - de ainda se colocar enquanto “oposição responsável” ao governo Bolsonaro, acobertando suas próprias atrocidades e políticas de direita.

Se distanciando negacionismo de Bolsonaro, tentam se fazer parecer como “bons combatentes” à crise sanitária que assola o país, enquanto também sustentam medidas econômicas do governo Bolsonaro que atacam as condições de vida e de saúde dos trabalhadores.

Mas se por um lado, de fato Bolsonaro é carregado de traços negacionistas que vão desde a “gripezinha”, da recusa ao isolamento social, até teorias da conspiração para estimular sua base e atender os interesses dos empresários, essa “oposição responsável”, estimulada pela Globo, e recheada de golpistas, se usa dessa imagem separada do negacionismo para esconder sua própria responsabilidade diante da crise que o país vive.

O próprio Mandetta por exemplo,um verdadeiro privatista da Saúde, que defendia o fim do tratamento para pacientes de HIV no SUS, se sustentou como Ministro da Saúde de Bolsonaro, e acobertando sua política por algum tempo. Afinal, em sua gestão no Ministério também não se levou a cabo recomendações básicas de saúde no combate ao coronavírus, como os testes massivos, o que deixou a população à mercê da própria sorte na pandemia, e só fez aumentar a subnotificação no período inicial da pandemia no brasil.

A oposição de atores do regime como o Congresso e o STF, que desde sua saída do governo contam com Sergio Moro e Luiz Mandetta, é uma oposição enraizada em se parecer mais “responsável” que o negacionismo de Bolsonaro, mas em nome de ataques tão duros quanto aos trabalhadores. É a mesma oposição que pactua hoje com o presidente, para fazer avançar as reformas no parlamento, e garantir o interesse de empresários e capitalistas. Dirigindo o Congresso com prestígio e em nome desse pacto está o próprio Rodrigo Maia, que como Mandetta pertence ao DEM, um partido da direita tradicional que é reconhecido por seus ataques à classe trabalhadora. Por isso, se por um lado é importante erguer a voz e ação contra Bolsonaro, é importante também saber de onde partem as críticas que apenas aparentam ser “sensatas” dessa corja de golpistas e privatistas que se dizem opositores ao governo, mas são aliados nos piores ataques à população.

Não pode existir tom algum de "passividade" com esse pacto entre Bolsonaro e os outros poderes, como tem hoje o PT e o PCdoB, parte das forças de oposição, mas que no estados em que governam, não aceitam como ajudam a avançar medidas economicas vindas de Bolsonaro, ou de Rodrigo Maia, como foi com a reforma da previdência estadual. A "passividade" frente a este cenário apenas fortalece os avanços reacionários e anti-trabalhadores, negros, mulheres e LGBTs do regime brasileiro.

 
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