A pesquisa realizada contempla o exame com material coletado na boca ou nariz com o cotonete (Swab nasal/RT-PCR), o teste rápido com sangue coletado por um furo no dedo, ou o exame sorológico com sangue retirado da veia do braço. Os estados de Pernambuco, Acre e Minas Gerais registram o menor número de testes realizados na população nesses últimos meses.

Os dados mostram que quanto maior o nível de escolaridade e a renda, maior foi o percentual de pessoas que fez algum teste. Entre os 10% mais ricos, 18% dos integrantes desse grupo fizeram o teste. Entre os 10% mais pobres do país, esse percentual cai para 4,3%.Os dados evidenciam as consequências da desigualdade social no Brasil, onde os mais pobres que não podem cumprir a quarentena são os mesmos que possuem o menor número de testagens.

A negligência, presente na política dos governadores e do governo federal, em relação às medidas de prevenção e a testagem massiva da população levaram o Brasil para posição de segundo país com mais mortes no mundo. Atualmente estimasse que o número de contaminados por Covid-19 no Brasil é aproximadamente 4.6 milhões, mas esse número mostra-se impreciso já que apenas 8.5% da população foi testada. Enquanto Bolsonaro anuncia corte do auxílio emergencial o número de óbitos no Brasil só cresce e os trabalhadores são cada dia mais expostos ao risco de contaminação.