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PANTANAL EM CHAMAS
Bolsonaro minimiza queimadas em evento de ruralistas, onde não pode pousar devido à fumaça
Redação

Evidenciando o pacto de destruição do bioma do pantanal com o setor ruralista no Mato Grosso, Bolsonaro foi homenageado pelos mesmos, onde minimizou os impactos das queimadas. Curiosamente, Bolsonaro teve de arremeter seu voou em Sinop (cidade onde foi homenageado), por conta da falta de visibilidade oriunda da fumaça das queimadas.

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Nesta sexta-feira (18), Bolsonaro compareceu ao município de Sinop, em Mato Grosso, para receber uma homenagem dos ruralistas locais em "ato de homenagem do Agronegócio ao Presidente da República". Demonstrando total apoio ao ruralistas que são os principais suspeitos de serem responsáveis pelas queimadas, Bolsonaro discursa pelo agronegócio e minimiza a situação caótica das queimadas com falas absurdas como "Ano passado, quase não pegou fogo, sobrou uma massa enorme de vegetais bons para isso que está acontecendo agora", falseando dados de 2019, ano que, até então, havia batido recorde de queimadas dos últimos cinco anos. Ao dizer isso, não só não colocou nenhuma medida a ser tomada para a contenção das queimadas como endossou a continuidade da destruição do bioma do pantanal, que já atinge 2,3 milhões de hectares queimados, provocados por ação humana, segundo nota do próprio governo do Mato Grosso. A comunidade dos indígenas guatós, primeiros habitantes históricos da região, já tiveram 83% de seu território devastado pelo fogo de incêndios criminosos. Em uma demagogia extrema, Bolsonaro chega até a fazer demagogia com a questão indígena, dizendo que “índios são irmãos e parceiros" que merecem suas terras, "mas dentro da razoabilidade". O que ele não diz, na verdade, é que a razoabilidade referida, na observação da realidade, é a completa devastação e extinção de um povo que perdeu quase que a totalidade de suas terras para os criminosos aos quais Bolsonaro serve.

Os impactos das queimadas são tão profundos que a fumaça se espalhou pelas demais regiões do brasil que cercam o estado, chegando em São Paulo e, mais uma vez, deixando o céu completamente nublado durante o dia, tal qual ocorreu em 2019, devido a gigantesca onda de queimadas na Amazônia. Em Santa Catarina, houve chuva preta após chegada da fumaça das queimadas. Em chegada na região onde receberia a homenagem, Bolsonaro teve que arremeter seu voo por falta de visibilidade, tamanha era a proporção da fumaça. Ainda assim comentou sobre o ocorrido dizendo, "Meu avião arremeteu pela segunda vez na minha vida. A visibilidade não estava boa. Estamos vendo focos de incêndio pelo Brasil, isso acontece há anos", mesmo reconhecendo os incêndios (que por vezes, falseia), Bolsonaro tenta naturalizar, em sua fala, a destruição do bioma e da vida dos povos indígenas, a favor dos capitalistas latifundiários. Depois, seguirá viagem até Sorriso, para mais eventos dos latifundiários da soja, principais interessados na destruição de todo o território de preservação no Brasil.

E assim segue o governo reacionário, de destruição, de Bolsonaro, também por meio de Ricardo Salles, ministro do meio ambiente que coloca em prática a política nefasta de devastação, como evidenciado em sua própria fala em reunião ministerial do dia 22 de Abril, que o objetivo era “passar a boiada” e flexibilizar as leis ambientais que protegem as áreas preservadas. Tudo isso, também, em conjunto com os militares que, igualmente a Bolsonaro, com Mourão a frente, fazem demagogia com o combate às queimadas, mas com o objetivo de fazer vistas grossas, em benefício dos capitalistas, destruindo a natureza e as condições de vida do povo.

 
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