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Crise no Perú: Congresso inicia processo de destituição de Vizcarra
Redação LID Peru

Com 65 votos a favor, 36 votos contra e 24 abstenções, o Parlamento aprovou a entrada da monção de vacância presidencial. Nos próximos dias se define a possibilidade de destituir por incapacidade moral o presidente Martin Vizcarra.

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Nesta sexta-feira, na plenária do Congresso peruano, acabou-se aprovando a entrada da monção de vacância presidencial, na qual foi apresentada a junta de porta-voz do parlamento na quinta-feira a noite. Segundo estabelece o regulamento do Congresso, a plenária deverá se reunir novamente em um prazo de até 10 dias depois de aprovada a referida moção, para debater e votar sobre a possibilidade de deixar vago definitivamente o cargo, destituindo Vizcarra, para o qual requer que com o mínimo 87 congressistas votem a favor desta iniciativa.

Cabe lembrar que na quinta-feira pela manhã, o congressista Edgar Alarcón (quem preside a comissão de fiscalização do Congresso), tornou público 3 áudios onde se pode escutar ao presidente Martin Vizcarra coordenando com os seus trabalhadores de confiança do Palácio de governo para que suas declarações frente a comissão de fiscalização e a procuradoria da nação(Ministério Público), não termine comprometendo ao presidente pela questionada contratação de Richard Cisneros, que além de não cumprir com os critérios básicos para ser contratado pelo estado, mas também por apoiar a campanha presidencial de 2016 de Martin Vizcarra, dando palestras muito bem remuneradas a trabalhadores do Ministério da Cultura, no qual pode ser considerado como tráfico de influências.

O principal questionamento que se faz ao presidente Vizcarra, por parte de seus opositores no Congresso, é ter tratado de obstruir as investigações e tentar encobrir a verdade sobre a contratação deste personagem ligado ao show business mas que no entanto, parece ter muita proximidade com o círculo presidencial.

Não podemos deixar de mencionar também que a maioria dos congressistas que hoje fingem de moralistas, estão vinculados a temas de corrupção com o caso Edgar Alarcón, que paradoxalmente preside a comissão de fiscalização do Parlamento.

Por essa razão, este novo conflito entre o executivo e legislativo, que poderia terminar na destituição de Martin Vizcarra, reflete a luta entre duas facções mafiosas que servem aos empresários, no qual fazem parte da crise orgânica que se vive em nosso país e que termina por colocar em evidencia, uma vez mais, a profunda decomposição e podridão das instituições e os principais poderes do estado peruano.

 
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