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LANÇAMENTO
Mais de 600 pessoas no lançamento da Bancada Revolucionária de Trabalhadores em São Paulo
Redação

A atividade de lançamento da pré-candidatura coletiva para vereadores da capital de São Paulo, composta por Diana Assunção, Letícia Parks e Marcello Pablito, entusiasmou os presentes para construir uma forte campanha da Bancada Revolucionária de Trabalhadores, impulsionada pelo MRT através da filiação democrática no PSOL. Simultaneamente chegaram a ser mais de 500 conexões, além dos presentes no local do evento.

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Participaram do lançamento mais de 600 pessoas, sendo mais de 500 vias conexões simultâneas via Zoom e outras no espaço físico na Zona Oeste de São Paulo, que também contou com a presença de apoiadores, seguindo todas as recomendações de distanciamento social. Nas conexões, participaram trabalhadores da educação, metroviários, entregadores de aplicativo, trabalhadores da USP, dos Correios, bancários, petroleiros, aeronautas e aeroviários, domésticas, trabalhadores de indústrias, terceirizados, além de outras categorias e diversos estudantes, intelectuais e artistas, lutadores de dezenas de bairros de cada uma das regiões da capital paulista.

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LANÇAMENTO DA PRÉ-CANDIDATURA COLETIVA DA BANCADA REVOLUCIONÁRIA DE TRABALHADORES Agradecemos cada pessoa que está participando de nosso lançamento, compartilhando nossas ideias, conhecendo nossa trajetória e luta. Estamos com mais de 500 conexões via Zoom e presencialmente, contando com todas as medidas sanitárias adequadas! Contra Bolsonaro, os golpistas e os capitalistas! ✊✊✊ #saopaulo #sampa #lançamento #mulheres #negros #negras #vereadores #vereadorsp #lançamento #candidaturacoletiva #trabalhadores #trabalhadoras #estudantes #juventude #LGBT #anticapitalista #sabado #vidasnegrasimportam #forabolsonaro #forabolsonaroemourao #golpistas #precarização #capitalismo #socialismo

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Letícia Parks iniciou o lançamento explicando que se trata de uma candidatura coletiva, ou seja, os três estão juntos na bancada, e votar na Diana Assunção, significa votar ao mesmo tempo em Letícia Parks e Marcello Pablito e, se eleita, o mandato seria coletivo. Letícia explicou que a Bancada se coloca para dar voz aos trabalhadores, às mulheres, aos negros e aos LGBTs para batalhar contra os ataques, as reformas, o desemprego e a fome, ou seja, que isso significa se enfrentar contra Bolsonaro, contra os golpistas e os capitalistas, buscando fortalecer uma via à esquerda do PT, que se mostrou fiel administrador do capitalismo durante todo o tempo que governou.

Letícia Parks apresentou a Diana Assunção, uma referência política nacional no debate das mulheres, do feminismo socialista, e também conhecida referência em defesa das trabalhadoras terceirizadas na USP, onde elaborou o livro “A precarização tem rosto de mulher”. Diana também é fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas no Brasil. Em sua fala, Diana mostrou que a luta dos trabalhadores ultrapassa os limites da capital de São Paulo, e que são eleições municipais se ligam mais que nunca aos problemas nacionais no Brasil governado por Bolsonaro e marcado pelo golpe institucional e a pandemia, que agravou problemas em todo país que não poderão ser solucionados por fora de uma perspectiva que combata os lucros e os interesses capitalistas, e ultrapassam os estreitos limites do parlamento. Diana falou da importância a que cada uma das companheiras tome essa campanha e principalmente essa luta em suas mãos, enfrentando os patrões e o patriarcado.

Diana Assunção apresentou Marcello Pablito, trabalhador da Universidade de São Paulo, trabalhou durante muitos anos no restaurante universitário, foi diretor do Sintusp durante alguns anos, mas voltando à trabalhar depois de um mandato, como parte da batalha do MRT pela rotatividade dos sindicalistas. Pablito é também fundador, junto a Letícia Parks, do Grupo de negras e negros Quilombo Vermelho. Pablito falou especialmente da realidade cruel de São Paulo, uma cidade pensada para massacrar o povo trabalhador e pensada em função dos interesses da burguesia. Falou de cada uma das lutas em curso e emocionou falando do chocante cenário em que milhões de trabalhadores precários estão expostos, particularmente agora em meio à pandemia. Pablito mostrou o caráter mais racista e cruel das patronais, que não contentes com a exploração e a destruição de direitos, ainda jogam os trabalhadores à sua própria sorte dia após dia expostos ao coronavírus, nas enchentes e na miséria. Colocou a necessidade de lutar por uma São Paulo dos trabalhadores.

A bancada recebeu a saudação de Nico del Caño. Nicolás é dirigente do Partido de los Trabajadores Socialistas (PTS), parte da Frente de Izquierda e de los Trajadores argentina (FIT-Unidade). “Para mim é muito importante que vocês possam conquistar esse cargo, porque isso pode fortalecer a luta das mulheres, negros, trabalhadores e trabalhadoras e da juventude contra Bolsonaro, numa luta com independência política dos capitalistas” – disse Del Caño.

Foi marcante na fala dos três a centralidade de um combate consequente contra a extrema direita, os golpistas e os capitalistas, e que para isso será necessário a unidade da classe trabalhadora e a luta extra-parlamentar, pois nossas demandas não vão ser atendidas meramente com elegendo parlamentares. Também foi pontuado como nessa luta em defesa dos nossos direitos e contra os ataques, é necessário superar o PT pela esquerda, pois abriu espaço para a direita com a administração do capitalismo e política de conciliação. Diana remarcou como o fato de Guilherme Boulos aparecer bem posicionado nas pesquisas mostra um importante setor que busca uma alternativa e se coloca como uma força social potente de centenas de milhares para enfrentar a crise em base à uma grande luta.

O lançamento contou com vídeos de saudações em apoio do intelectual e professor da USP Vladimir Safatle e da professora da PUC Beatriz Abramides. Também saudou em vídeo o Plininho de Arruda Sampaio Jr, dirigente do PSOL e do Contrapoder, e a grande Maíra Mee, feminista marxista, sempre em luta em defesa das minorias oprimidas.

Galo, entregador membro da agrupação Entregadores Antifascistas, participou do lançamento e fez uma saudação, fez um relato emocionante de como São Paulo sempre foi uma cidade hostil para ele e sua família, e declarou:

“Muito respeito pela Bancada Revolucionária de Trabalhadores e por cada um deles. Conheci o Pablito já tem uns meses, nas greves de entregadores. Pablito nos ajudou em muita coisa. Conseguimos juntos fazer uma articulação internacional que dá frutos até hoje, e vamos buscar nova paralisação internacional (...) Essa Bancada Revolucionária me representa. Eu também sou um revolucionário. Vim para esse mundo para transformá-lo, assim como eu sei que vocês também estão aqui pra isso. É isso, rapaziada, todo o meu apoio!

Como nas outras campanhas eleitorais de Diana Assunção em 2016 e 2018, novamente uma marca forte foi o apoio de dezenas de terceirizadas da USP, que estiveram presentes em peso no lançamento e também mandaram saudação em vídeo. É um reconhecimento da intensa participação de Diana, Pablito e Letícia, como parte de todo o MRT, nas diversas lutas em defesa dos terceirizados da USP. Pablito fez uma homenagem a Viola, um terceirizado da USP que morreu depois de ter sido exposto ao COVID na USP. E foi um momento emotivo a saudação de Cida, mãe da ex-trabalhadora terceirizada da Feusp Cícera (assassinada pela polícia racista), que segue viva na nossa memória e nossa luta agradeceu todo o apoio que os membros da Bancada vieram dando ao longo da última década.

Também fizeram saudações: Isaías, trabalhador dos Correios em greve há quase 30 dias, que agradeceu todo apoio da Bancada à greve. O metroviário Claudomiro, que também é diretor de base do sindicato de metroviários, enviou saudações, apontou a necessidade de lutar contra a extrema direita e também contra as burocracias sindicais. A professora da rede municipal Marlete também enviou todo seu apoio à bancada.

Estiveram presentes também muitos estudantes da USP, inclusive dos Centros Acadêmicos da Pedagogia e Letras, onde o MRT atua com independentes, representando a juventude que está construindo com toda força a campanha da Bancada Revolucionária.

A mesa foi encerrada por Letícia, que retomou que a luta negra deve ser anticapitalista. Mostrou a força das lutas antirracistas nos EUA e a fortaleza que pode ter os negros se aliando aos trabalhadores. "A gente tem que se inspirar pelo que existe de mais apaixonante no que a nossa classe faz: na maior potência imperialista do mundo milhares vão às ruas contra o racismo".

Letícia encerrou a atividade com muita força, chamando a uma grande campanha: Não podemos deixar que os que falem por nós sejam esses políticos burgueses! Chamo cada um a tomar as redes sociais, panfletar nos bairros e levar essas ideias com a gente!

 
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