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SÃO PAULO
Em plena pandemia, gestão Covas realiza contrato de R$10 milhões com produtora de eventos
Pedro Rebucci de Melo
Redação

Às vésperas do início da campanha eleitoral, prefeitura de SP faz contrato milionário com produtora de eventos para filmar os eventos da prefeitura.

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Foto:Marcelo Pepe

Bruno Covas intensificou os seus esforços pela reeleição e contratou no início de agosto os serviços de uma produtora de eventos para realizar a cobertura de eventos relacionados da prefeitura de São Paulo.

Esse serviço de propaganda eleitoral mal disfarçado foi revelado pela revista Crusoé e vai custar a bagatela de R$10,2 milhões para os cofres da prefeitura e inclui o fornecimento de duas equipes externas, uma equipe interna e quatro equipes móveis para garantir que Covas possa capitalizar todas as inaugurações e entregas de obras típicas de candidato em busca da reeleição.

O edital prevê o registro audiovisual e fotográfico de eventos do prefeito e a produção de vídeos de "caráter institucional, educativo, informativo de duração variada, função do propósito da comunicação", bem como a realização de "programas destinados à exibição em espaços públicos (por exemplo, em salas de espera em unidades de saúde)", escancarando o uso eleitoreiro que covas planeja para essa contratação.

Não chega a ser uma novidade essa postura do atual prefeito de São Paulo, que vem especializando em utilizar o dinheiro público para bancar projetos eleitoreiros. Um grande exemplo disso é a reforma do Vale do Anhangabaú, que consumiu mais de R$100 milhões em um projeto elitista de uso do espaço urbano, que coloca concreto e jatos da água no lugar de árvores para conseguir uma obra que fosse sua vitrine na reeleição.

O novo Vale do Anhagabaú será entregue a iniciativa privada, que terá o direito de realizar diversos eventos pagos no local e nos quais o acesso ao vale só será permitido para aqueles que comprarem os ingressos dos eventos, ignorando completamente as necessidades dos moradores da região ou dos milhares de trabalhadores que passam diariamente por aquele local.

Covas tenta se colocar nessa eleição como um candidato progressista, que se coloca como adversário de Bolsonaro e da extrema direita mas possui a mesma projeto privatista e elitista que está presente no governo federal, especialmente na figura de Paulo Guedes, projeto que está na essência do PSDB e dos mais de 25 anos de desastre com os tucanos a frente do estado de São Paulo.

Esse projeto demonstra-se na reforma do Vale do Anhagabaú mas também na privatização do Mercadão Municipal no Centro e de vários outros mercados municipais locais, como o de Santo Amaro, ou no desdém demonstrado pelas condições dos moradores de rua durante a pandemia de COVID-19.

Os trabalhadores e o povo pobre, em sua maioria negros e mulheres, não pode ter qualquer ilusão em candidaturas como a de Covas, que buscam desviar o legítimo rechaço da população ao governo reacionário de Bolsonaro para projetos que buscam os mesmos objetivos de Bolsonaro e Guedes mas com outros meios. Para conseguirmos enfrentar extrema direita é necessário combater também os projetos burgueses supostamente progressistas representados por Covas e o PSDB mas também por Rodrigo Maia ou pelo Grupo Globo, que dão e deram suporte a todas as reformas e todos os ataques desferidos nos últimos anos contra a classe trabalhadora.

 
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