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GREVE DOS CORREIOS
Trabalhadores dos Correios em Greve protestam em Ponta Grossa
Redação

Trabalhadores dos correios em greve desde o dia 18 de agosto, fizeram um segundo protesto em Ponta Grossa, interior do PR, e marcharam novamente pelo centro da cidade, fazendo desta vez um cortejo fúnebre carregando o caixão para o enterro simbólico do presidente da empresa, general Floriano Peixoto, do presidente da república, Jair Bolsonaro e do ministro da economia, Paulo Guedes.

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A atividade organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (SINTCOM-PR) na manhã desta sexta-feira, 11, reuniu mais de 80 pessoas, em sua maioria trabalhadores dos correios da cidade e da região dos Campos Gerais.

Apesar do lucro superior a R$ 100 milhões da estatal em 2019 e de um esperado lucro maior ainda em 2020 (as atividades da entrega aumentaram em mais de 30% durante o período da pandemia), o governo e a administração da estatal, juntamente com o poder judiciário, querem ceifar direitos desses trabalhadores.

“Estamos em luta para manter direitos que foram conquistados com muito sofrimento, que complementam nosso salário e que agora eles querem retirar. Fomos pegos de surpresa com a liminar que a justiça deu ao governo acabando com nosso acordo coletivo que tinha validade de 2 anos”, relata a funcionária Elis* que trabalha nos correios há 19 anos. A parcialidade da justiça, que hoje através do TST vai promover uma audiência de conciliação, está evidente para a categoria. Hoje os trabalhadores dos correios estão lutando por algo que já havia sido conquistado e que estaria em vigor por mais um ano. “É um descaso com o trabalhador e com toda a população. Eles querem tirar auxílio-creche, o auxílio para aqueles que tem crianças com necessidades especiais, o próprio vale-alimentação, que ajuda a complementar a renda daqueles que tem uma família um pouco maior”, complementa.

A retirada de 70 dos 77 pontos do último acordo coletivo é apenas o último ataque aos funcionários, pois a precarização do trabalho nos correios não é algo novo.

Desde 2011 não há concurso, estamos tendo que trabalhar muito mais hoje, a empresa está valorizando a quantidade e não a qualidade do serviço, o que me deixa triste por que eu amo o que eu faço”, denuncia Sílvia*, trabalhadora dos Correios há 22 anos. “A gente está sendo desrespeitado” enfatiza. “Estamos em greve porque é o único jeito da gente ser ouvido. Quem não se movimenta não sente as correntes que os prendem, da Rosa Luxemburgo”, conclui.

Os trabalhadores em greve marcharam da Praça dos Polacos e marcharam até o Parque Ambiental, falaram palavras de ordem e explicaram para a população que esta greve é para preservar direitos e evitar a privatização dos Correios. Aproveitaram a oportunidade para denunciar que mais de cem funcionários dos correios já pagaram com a própria vida por trabalhar sem condições seguras durante a pandemia. E que, portanto, também exigiam melhores condições de trabalho e mais segurança para continuar a servir a população.

*os nomes foram modificados

 
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