Segundo matéria do Brasil de Fato, o PSOL em Porto Alegre está debatendo com a REDE Sustentabilidade sobre a possível coligação para eleições municipais desde ano. A matéria diz que o PSOL "busca ainda apoio da REDE". Deixando em aberto que existe a possibilidade de coligação. Nesse texto aqui fizemos um debate sobre o porque era um erro um partido de esquerda com o PSOL se coligar com um partido burguês que até a pouco liderava todos os ataques que Marchezan quer descarregar nos trabalhadores dentro da Câmara.
Como havíamos desenvolvido em nosso outro texto: 5 motivos para o PSOL não se coligar com a REDE em Porto Alegre, mostramos um dos principais ataques que a REDE estava envolvida para descarregar nos trabalhadores.
No início do ano, Marchezan preparou um pacote de ataques no qual pretendia demitir mais de 3,6 mil rodoviários, extinguindo o cargo de cobrador. O projeto havia sido apresentado por Mauro Pinheiro, líder do governo na Câmara, e que recentemente saiu da REDE. Mauro Pinheiro havia sido apelidado pelos rodoviários de "Mauro Dinheiro", por ser bastante ligado aos empresários e estava a serviços de seus interesses para atacar os trabalhadores. Os rodoviários que realizaram protestos em frente a Câmara durante as sessões jogavam moedas em cima em Pinheiro quando ele chegava, e em uma das vezes ele foi flagrado pulando o portão para fugir dos trabalhadores e pode entrar sessão.
A REDE tentou articular junto com outros partidos golpistas como PSDB, MDB, DEM, NOVO, entre outros para garantir votos suficientes e aprovar esse ataque, mas não conseguiram. Isso porque os rodoviários responderam com luta. Realizando uma mobilização na frente da Câmara e dentro da sessão colocando uma forte pressão para os parlamentares não votarem o pacote. Uma mobilização importante da categoria, que se não tivesse existido certamente Marchezan teria saído vitorioso nessa batalha. Foi a força da categoria que impôs ao sindicato que estivesse presente nas galerias, apesar de não ter organizado a resistência nas garagens, com reuniões de trabalhadores e iniciativas de mobilização.
O mesmo partido que o PSOL está discutindo de se coligar era líder do governo Marchezan e inimigo direto dos rodoviários. Além de ser um partido qie apoiou a extinção da IMESF, apoiou o Golpe Institucional, a prisão arbitrária de Lula, e inúmeros outros ataques e medidas autoritárias.
Hoje, a campanha pela readmissão do Digão enche as redes sociais de fotos em apoio. Os rodoviários estão dando um importante exemplo de luta contra essa demissão política. Enquanto isso o PSOL segue o caminho oposto, buscando aliança com nossos inimigos.
Hoje haverá convenção partidária para que se decida sobre o caso. Chamamos ao conjunto dos trabalhadores, de jovens, das mulheres, negros e LGBT’s a repudiar essa aliança e não permitir que o PSOL se alie a um partido que ajudou Marchezan governar e com posições reacionárias para o pleito de 2020.
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