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5 motivos para o PSOL não se coligar com a REDE em Porto Alegre
Redação Rio Grande do Sul
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Segundo matéria do Brasil de Fato, o PSOL de Porto Alegre está debatendo com a Rede Sustentabilidade a possibilidade de coligação para eleições esse ano.Nessa quinta-feira haverá convenção do PSOL e queremos debater com o conjunto dos trabalhadores, mulheres, negros, jovens e LGBT’s os motivos para o PSOL não levar a frente essa coligação com o partido que governou junto de Marchezan nos últimos anos em Porto Alegre.

1 - A REDE liderava o governo Marchezan na Câmara na tentativa de extinção dos cobradores

Cerca de 3,6 mil rodoviários tiveram seus empregos ameaçados pela prefeitura de Marchezan. O projeto que visava extinguir a função de cobrador foi apresentado por Mauro Pinheiro (REDE), então líder do governo na Câmara, e que recentemente saiu da REDE. Isso ocorria em um momento de aumento do desemprego no país, e mesmo assim a proposta foi levada a frente.

Os rodoviários da cidade responderam com luta. Foram vários dias de luta. Com a Câmara de Vereadores lotada chamavam o vereador da REDE de ’Mauro Dinheiro’, enquanto jogavam moedas nele. Foi nestas mesmas galerias que viram o projeto ser derrotado pela pressão gerada pela mobilização exemplar dessa categoria vital para a cidade.

O mesmo partido que o PSOL está discutindo de se coligar era líder do governo Marchezan e inimigo direto dos rodoviários. Hoje, a campanha pela readmissão do Digão enche as redes sociais de fotos em apoio. Os rodoviários estão dando um importante exemplo de luta contra essa demissão política. Enquanto isso o PSOL segue o caminho oposto, buscando aliança com nossos inimigos.

2 - A REDE apoiou, junto de Marchezan, a destruição do IMESF, com o aval do STF

Enquanto ainda estava na REDE, Mauro Pinheiro fugiu dos trabalhadores do IMESF pulando a cerca da Câmera. Eram 1.840 trabalhadores da saúde perdendo seus empregos, tendo como um dos principais articuladores o verador da REDE.

O ataque à rede de saúde pública de Porto Alegre tem consequências brutais. Pelo menos 68 postos de saúde fecharam após a prefeitura anunciar a extinção do IMESF, tudo com a ajuda de Mauro Pinheiro e a REDE Entramos na pandemia do novo coronavírus com um sistema sucateado e com falta de trabalhadores. Marchezan, Mauro Pinheiro e a REDE ficam na linha de frente dos grandes responsáveis por esse absurdo. A luta em defesa do IMESF segue e é fundamental buscarmos fortalecê-la. Se aliar à REDE vai no sentido contrário a essa luta.

3 - A REDE apoiou o golpe institucional de 2016

Em 2016 Marina Silva, líder e fundadora da REDE, disse que o impeachment não era golpe. Depois de apoiar Aécio Neves (PSDB) para a presidência em 2014, apoiou toda a operação do golpe institucional em um momento em que os bancos e a elite queriam ataques mais profundos do que os que o PT já vinha fazendo. Foi após o golpe de 2016 que o teto dos gastos foi aprovado, a lei de ampliação da terceirização, as reformas trabalhista e da previdência… ou seja, praticamente todos os principais ataques aos trabalhadores passaram a se aprofundar após o golpe. Vale lembrar que o MES, que dirige o PSOL gaúcho, também apoiou o golpe até poucos dias antes da votação do impeachment na Câmara.

4 - A REDE apoiou a prisão do Lula

Não damos apoio político ao Lula, entretanto sua prisão tinha o objetivo claro de retirá-lo das eleições para elegerem o candidato dos bancos e mega empresários. É evidente que a prisão de Lula cumpriu um papel fundamental para que Bolsonaro fosse eleito. Com a manipulação das eleições, apoiadas pela REDE, todo o entulho antidemocrático, misógino, racista e reacionário que veio junto de Bolsonaro encontrou espaço maior para vencer as eleições. A REDE apoiou a prisão de Lula.

5 - A REDE apoiou a Lava-Jato

A REDE não só apoiou o golpe institucional, mas também a Operação Lava-Jato que foi toda a articulação de um setor do judiciário com Moro como uma das principais figuras, não só para prender Lula, mas para avançar com suas arbitrariedades contra os trabalhadores, tirando um elemento democrático básico que era o direito da população votar em quem quiser em 2018.

Também é a partir da Lava-Jato que vemos os interesses imperialistas entrarem em empresas como a Petrobrás, com claro objetivo de avançar em diversas privatizações. Vemos isso claramente com a venda de refinarias e pontos de extração da Petrobras para empresas como a Shell.

Essa possível coligação do PSOL com a REDE não ajuda em nada o combate à direita e à extrema direita em Porto Alegre. Como mostramos, a REDE apoiou e foi sujeito ativo em aplicar ataques brutais para garantir o lucros dos grandes empresários da cidade e descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e população. A REDE não apenas apoiou o governo Marchezan durante os últimos 3 anos e meio, como liderou seu governo na câmara dos vereadores, costurando alguns dos principais ataques aos trabalhadores e povo portoalegrense.

É necessário unidade contra a extrema direita e a direita, mas não com aqueles que são ou já foram seus aliados como é a REDE. Queremos nos aliar às milhares de mulheres, negros, LGBT’s e toda a classe trabalhadora. Isso sim é capaz de derrotar a extrema direita e todo seu projeto contra a população trabalhadora.

 
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