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VIOLÊNCIA POLICIAL
Polícia racista dos EUA mata Dijon Kizzee, ciclista negro, com mais de 10 tiros nas costas
Redação

Mais um assassinato racista pelas mãos da polícia nos Estados Unidos deu início a novos protestos em Los Angeles. Dijon Kizzee levou pelo menos 10 tiros pelas costas após uma abordagem motivada por uma infração de trânsito na última segunda-feira, 31.

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Após casos escandalosos como o de George Floyd e Jacob Blake que ocorreram em 2020 e geraram ampla revolta, o assassinato do ciclista Dijon Kizzee, de 29 anos, gerou mais protestos contra a violência policial nos Estados Unidos.

Benjamin Crump, o advogado da família, disse que o ciclista teria cometido uma violação do código de trânsito. Também afirma que Kizzee foi baleado mais de 20 vezes, o que a polícia nega. Um porta-voz da polícia não especificou quantos disparos foram efetuados, mas disse que foram menos de 20. A vítima morreu no local e segundo testemunhas as autoridades demoraram horas para retirar o corpo.

Segundo a versão da polícia, o ciclista, tentou fugir e agrediu um policial, deixando cair uma arma de fogo que carregava escondida em uma trouxa de roupas, mas ainda não há provas.

Uma testemunha do jornal Los Angeles Times afirmou que os policiais continuaram atirando mesmo após Kizzee cair no chão. O jornal também noticiou que houve uma manifestação com cerca de 100 pessoas marchando até a delegacia exigindo que os nomes dos policiais envolvidos sejam divulgados e que haja uma autópsia independente do caso.

"Estou triste e furiosa ao mesmo tempo. Por que nós?": essas foram as palavras de Fletcher Fair, tia de Kizzee.

É revoltante que mais um homem negro tenha perdido sua vida pelas mãos da polícia apenas por andar de bicicleta. George Floyd foi asfixiado pelo joelho de um policial branco por mais de 8 minutos. Jacob blake foi baleado pelas costas por policiais e ficou paralisado da cintura para baixo em Kenosha, no Wisconsin. Não podemos seguir aceitando que o sangue negro seja derramado pela polícia racista.

Em meio a esse cenário, como estratégia eleitoral, Trump busca vender a imagem de "candidato da lei e da ordem" e polarizar sua base. Não à toa ele afirmou que que Kyle Rittenhouse, adolescente branco que matou dois manifestantes e feriu um terceiro em Kenosha, agiu em legítima defesa, dizendo que ele "provavelmente teria morrido" se não tivesse disparado, e nessa terça-feira, 1, negou racismo na polícia e disse que protestos são atos de terrorismo.

Por outro lado, os democratas têm tentando canalizar essa fúria negra para as eleições, colocando Kamala Harris como vice de Biden nas eleições de novembro, para conter a raiva que está nas sendo expressa nas ruas e direcioná-la às urnas.

A fúria negra que incendiou os Estados Unidos e o mundo, exigindo justiça e mudança, gritando para expulsar os policiais dos sindicatos, mostram que é a partir da mobilização que fará recuar a extrema direita, apostando na força dos trabalhadores aliado aos negros e negras de todo o país.

 
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