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Auxílio Emergencial
Novo valor de auxílio emergencial não paga sequer uma cesta básica, aponta estudo
Redação

Bolsonaro anuncia que auxílio emergencial passará a ser R$300,00 até dezembro.

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(Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco)

Após meses de pandemia, em que inúmeros ataques foram colocados aos trabalhadores, o governo de extrema direita de Bolsonaro, mostrando novamente de que lado está, e com certeza não é o dos trabalhadores, irá enviar medida provisória ao Congresso para que o já insuficiente auxílio de R$600,00 seja reduzido pela metade até dezembro. A decisão foi tomada por meio de uma reunião entre Bolsonaro e o ministro da economia Paulo Guedes, que em um primeiro momento defendeu a proposta de R$200,00.

O novo valor proposto, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) , não chega a ser suficiente nem para arcar com a compra de uma cesta básica. A pesquisa traz dados sobre o custo e variação da cesta básica em dezessete capitais do país no mês de julho de 2020.

Em capitais como Curitiba, São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro, o valor da cesta básica chega a ultrapassar R$500,00. Em Vitória, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Belém, Recife, Natal, João Pessoa e Salvador, os valores da cesta varia entre R$415,22 e R$484,80. Aracaju é a capital presente na pesquisa que aparece como o menor valor cobrado pela cesta básica: 392,75, como podemos ver, valor ainda acima do proposto como auxílio emergencial pelo governo.

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a média de desocupação no segundo trimestre de 2020 alcançou a média de 13,3%, ou seja, o desemprego cresce no país, com mulheres, negros e jovens sendo a parcela da população mais afetada, ao mesmo tempo que vemos inúmeros ataques impostos aos trabalhadores para que sejam mantidos os lucros dos ricos patrões, como foi o caso da MP da morte de Bolsonaro, que permite a redução de salários e suspensão de contratos, isso diante de um cenário de crise econômica, política, sanitária e social, com mais de 100 mil mortes no Brasil pela COVID-19, com falta de leitos, respiradores e mesmo EPIs para os profissionais da saúde em diversos hospitais, e dinte disso a proposta do governo é reduzir o auxílio emergencial e precarizar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores.

O antigo valor de R$600,00, valendo destacar que a proposta inicial por parte de Guedes e Bolsonaro era de que fosse apenas de R$200,00, se mostrou ainda insuficiente para o custo de vida no país. De acordo com o DIEESE, em pesquisa realizada em dezembro do ano passado, o salário mínimo deveria ser de R$4.342,57 para sustento de uma família de 4 pessoas. Diante desses dados de desemprego, crise, e valor dos alimentos, fica explícito o quanto são os trabalhadores que estão pagando por essa crise criada pelos grandes capitalistas, vivendo cada vez mais em piores condições de vida, e que a depender de governos como o de Bolsonaro e Guedes, isso só vai se aprofundar.

È fundamental a organização das forças de todos os trabalhadores e setores oprimidos para lutar de forma decisiva contra todos os ataques, por isso nós do Esquerda Diário prestamos todo apoio e solidariedade a greve dos Correios, um importante setor que está em luta contra um brutal ataque aos seus direitos, sendo um forte exemplo de autoorganização. Diante de tantos ataques, é fundamental que a burocracia sindical do PT e do PCdoB rompa sua trégua com Bolsonaro e cumpram o papel de fomentar e organizar a nossa resistência, pois sabemos que só com a força da nossa mobilização conseguiremos lutar contra todos os ataques que os governos querem impor, assim como revogar ataques já passados, como a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, lutando por uma assembleia constituinte livre e soberana, único meio de mudarmos as regras do jogo e não só os jogadores desse sistema corrompido e apodrecido que é o capitalista.

 
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