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ATAQUE AO SERVIÇO PÚBLICO
Guedes e vice de Witzel negociam ataques aos serviços públicos do RJ
Redação

Hoje (31) estão reunidos Cláudio Castro, atual governador em exercício no RJ após afastamento de Witzel por escândalos de corrupção, e todo secretariado no Palácio Guanabara para discutir, entre outras pautas, o Regime de Recuperação Fiscal que está para vencer daqui 5 dias e representa um enorme ataque ao serviço público.

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Em meio a crise, o degradado regime carioca se vê afundar ainda mais na lama a cada dia. Enquanto Wilson Witzel desmorona como resultado da disputa entre as frações burguesas, os trabalhadores do Rio de Janeiro seguem sendo alvo da crise. O criminoso acordo implementado pelo governo golpista de Michel Temer em 2017, com o nome de Regime de Recuperação Fiscal (RRF), está chegando no seu prazo máximo no estado do Rio de Janeiro, mais precisamente daqui 5 dias. O governo do estado está negociando com o governo federal para renovar o acordo.

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) enviou na última quarta-feira um ofício a Paulo Guedes solicitando prazo de seis meses para realizar os trâmites da continuidade do acordo, alegado necessário pela Procuradoria da Fazenda Nacional. Seguiremos acompanhando os resultados da reunião na manhã desta segunda-feira bem como os demais acordos feitos entre os governos. O fato é que independente do resultado dessa renovação, quem seguirá pagando pela crise são os trabalhadores, nesse caso especialmente os servidores públicos cariocas. Boa coisa não poderá vir de um acordo com o privatista Paulo Guedes ou qualquer um dos atores desse regime degradado do golpe institucional.

O governo do Rio de Janeiro afirma que se o acordo não for renovado, as despesas criadas irão refletir diretamente na folha dos servidores, sendo que a Secretaria estadual de Fazenda carioca já afirmou ter recursos para pagar os servidores apenas até o salário de setembro. Acontece que essas afirmações escondem que o RRF em si já é um enorme ataque aos serviços públicos para seguir pagando a fraudulenta dívida pública. Em 2017, com o RRF, a dívida do RJ foi apenas adiada por 3 anos e com juros, para que o estado pudesse pegar empréstimos novamente com a União. Para fazer parte do RRF, o estado precisa seguir medidas de ataques aos trabalhadores, como explicamos aqui. Ou seja, são os trabalhadores e todo serviço público sendo atacados para que a União siga a todo custo sugando dinheiro público para o pagamento da fraudulenta dívida pública.

Para de fato enfrentar a crise profunda que o Rio de Janeiro enfrenta há anos, fruto de uma crise não só nacional como também internacional do capitalismo, não podemos depositar nossas confianças nesses mecanismos estatais que aparecem como “solução”. A solução passa longe de seguir pagando uma dívida que é uma verdadeira bolsa banqueiro. Por isso o MRT, junto com suas pré-candidaturas revolucionárias, representada no estado fluminense por Carolina Cacau, levanta a exigência do não pagamento da dívida pública. Levanta a necessidade de uma política independente de todos trabalhadores, unidos e organizados, tanto do setor público quanto do privado, que confiem apenas em suas próprias forças, sem acreditar na Justiça que hoje tira Witzel do poder mas não investiga os R$ 89 mil depositados a Michelle Bolsonaro por Queiroz. Contra os ataques e para enfrentar a crise, é preciso unidade dos trabalhadores e de todos setores oprimidos da sociedade para fazer com que os capitalistas paguem pela crise.

 
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