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METROVIÁRIOS DE SP
Unificar os Metroviários de SP contra o acúmulo de funções e em defesa dos empregos
Redação
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Há meses, os seguranças do trecho centro da linha 1 azul do Metrô de SP vem dando um grande exemplo de luta. Em uma ofensiva da empresa para precarizar os postos de trabalho e fazer o projeto de privatização avançar, colocando os seguranças para exercerem as funções dos agentes de estação (OTM1), os colegas se recusaram a assumir tais postos. Mesmo a empresa usando de todo tipo de chantagem e punições, os seguranças se organizaram em reuniões de base setoriais e mantiveram uma posição coletiva de não assumir as funções do OTM1. Nós, da chapa 4 Nossa Classe, minoria da diretoria do sindicato, repudiamos estas ameaças e saudamos a mobilização que já colocou a empresa na defensiva retirando todas as punições aplicadas.

Esse ataque que impõe acumulações de função aos cargos dentro da empresa, afetando todos os funcionários e prejudicando a eficiência do trabalho para os usuários. No caso da segurança, além de acumular responsabilidades e prejudicar a eficiência do trabalho, é um sério risco ao emprego dos OTM1, consequentemente a todo plano de carreira dos funcionários da OPE, pois se não há mais contratação de OTM1, as funções de OTM2 e OTM3 também correm risco. Na manutenção, a empresa já começou a dar treinamento para os empregados manobrarem trens no pátio, função exclusiva dos operadores de trem, além de ameaçar retirar a periculosidade de diversas áreas e terceirizar funções hoje exclusivas dos empregados do Metrô, como a manutenção linhas que já está sendo terceirizada.

Nacionalmente, os ataques aos trabalhadores estão a todo vapor, porém a resistência surge em diversos lugares, como a greve nacional dos Correios, a mobilização dos trabalhadores dos companhias aéreas, os funcionários da Renault, entre outras resistências de trabalhadores do transporte, como a própria greve do Metrô de SP esse ano que colocou um freio na tentativa da empresa em acabar com o acordo coletivo. Enquanto os Correios estão em greve, petroleiros e bancários enfrentam duros ataques, e são também categorias com peso nacional, as centrais sindicais, em primeiro lugar CUT e CTB, que dirigem muitos sindicatos em todas essas categorias, devem unificar essas lutas em um só força para defender os direitos e os empregos, para impedir o avanço da privatização que precariza os serviços públicos e colocar um fim nos ataques das patronais, do governo Bolsonaro e de governos Estaduais como Doria e corrupto Witzel no Rio de Janeiro.

É necessário unificar toda a categoria metroviária nesta batalha. Como a campanha salarial deste ano já mostrou, a empresa e o governo não estão dispostos a negociar, mas sim estão impondo seu projeto de privatização se aproveitando da pandemia. Só a luta operária organizada pode reverter essa ofensiva. Os seguranças da Linha 1 azul estão mostrando o caminho da mobilização, sua luta tem que se transformar na luta de toda a categoria. É necessário organizar setoriais unificadas entre a segurança e a operação para unificar as áreas e fazer avançar a mobilização, primeiramente contra o acúmulo de funções e em defesa de mais contratação para OPE e OPS garantindo a qualidade do atendimento a população que utiliza o Metrô estatal. Sem mostrar organização e que vamos lutar pelos nossos direitos, a empresa continuará sua jornada nos ameaçando e dividindo para concretizar o projeto privatista de Doria e da cúpula do Metrô.

 
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