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Desemprego
Desemprego no país aumenta no segundo trimestre de 2020. Mulheres, negros e jovens são os mais afetados
Redação

Segundo pesquisa do IBGE, média de desocupação no segundo trimestre de 2020 alcançou a média de 13,3 %, configurando um aumento de 1,1% relativo ao primeiro trimestre (12,2%) e de 1,3 % no mesmo trimestre do ano de 2019. Mulheres, negros e jovens são a parcela da população mais afetada, com médias que superam a média geral do país.

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Nesta sexta-feira (28), foram divulgados os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao aumento da desocupação no país. Os estudos demonstram um aumento gradual da taxa de desemprego em relação aos trimestres, desde 2019, culminando em 13,3% no segundo trimestre de 2020. A taxa de desocupação, aumentou em 11 estados no país, em relação ao primeiro trimestre de 2020. Os dados mais alarmantes são as taxas em relação ao gênero, com 12% de taxa de desemprego entre os homens (abaixo da média nacional) e 14,9% de taxa de desemprego entre as mulheres (acima da média nacional). As classificações de faixa etária também evidenciam as maiores taxa entre os mais jovens, com 42,8% entre os jovens até 17 anos e 29,7% entre a população com 18 a 24 anos. Em relação aos dados referentes à recorte racial, os brancos apresentam uma média de 10,4% (abaixo da média nacional), enquanto entre a população negra, essa média sobe para 15,8%, de acordo com a somatória dos valores das porcentagens em relação a somatória da população negra em um geral.

A desocupação em crescimento exponencial é o mais claro reflexo da política Bolsonarista de precarização do trabalho, dos direitos trabalhistas e da aceleração da informalidade que vem sendo levada por Bolsonaro desde o início de seu mandato, como a reforma trabalhista, um dos principais ataques à classe trabalhadora e a carteira verde e amarela, que precariza justamente os jovens, faixa etária mais afetada, com a retirada de mais direitos trabalhistas. Em meio à crise do novo Coronavírus, maior crise sanitária que já enfrentamos, a decisão do governo Bolsonaro foi de fazer demagogia com a questão econômica e a manutenção dos empregos, enquanto, na verdade, apenas se utilizou da oportunidade para encher mais ainda os bolsos dos empresários capitalistas com concessões de créditos e empréstimos bilionários e, em especial, os bancos que tiveram um pacote de injeção de 1,2 trilhões liberados via Banco Central. Enquanto isso, aprovava facilitações para precarizar os trabalhadores, como redução de salários e jornadas, demissões em massa, entre outros ataques. A consequência dessa política a serviço dos capitalistas foram brutais ataques dirigidos aos trabalhadores, tais quais as demissões em massa na latam, onde milhares de trabalhadores foram demitidos em meio à crise, e os trabalhadores remanescentes tiveram redução de salários. Também se demonstra na precarização e ataque do setor dos correios, que hoje, colocam uma greve contra a derrubada do acordo coletivo e contra a precarização com relação a EPI’s e condições de trabalho, em meio à pandemia, imposta pelo bolsonarista negacionista, General Floriano Peixoto. O ataque ao acordo coletivo prevê o corte unilateral de 70 das 79 cláusulas, arrasando com diversos direitos da categoria, como tempo de licença-maternidade, horas extras, adicional de insalubridade, vale-alimentação, entre outros. Entre as mulheres, assim como a população negra, o alto índice de desocupação formal se reflete na precarização extrema em trabalhos informais como os apps de entrega e demais serviços “uberizados”, que exploram os trabalhadores até os ossos, sem nenhum direito trabalhista, podendo inclusive bloqueá-los do serviço quando bem entenderem, sem nenhuma consequência.

Diante de tudo isso, Bolsonaro, agora, além de esmagar a classe trabalhadora, relegando a miséria e a retirada de direitos em meio ao momento mais crítico da história recente do país, diz que até mesmo o auxílio emergencial de 600 reais, que não representa nem o mínimo para sobreviver, para muitas famílias, está muito caro. Mais uma vez, com a única intenção de sangrar os trabalhadores, os pobres, os negros, as mulheres e a juventude, em prol dos bolsos do empresariado, bolsonaro coloca mais ataques aos direitos do povo, enquanto, mais uma vez, usa o Banco Central para liberar 325 bilhões para o tesouro nacional, a fim de despejar tudo no colo dos credores da dívida pública, esses que cada vez enriquecem mais através de uma dívida fraudulenta, tomando o dinheiro do povo.

Não podemos aceitar que o governo de Bolsonaro, Mourão, dos militares e dos capitalistas continue sangrando os trabalhadores e os pobres para enriquecer os empresários. Defendemos que os trabalhadores, em especial dos setores estratégicos no combate à crise sanitária, se organizem e tomem os referidos setores em suas mãos. Que o combate à pandemia seja gerido pelos próprios trabalhadores de linha de frente e que se garanta EPI’s e condições de trabalho, assim como renda básica para que a população sem renda possa se resguardar em casa. Que se proíbam as demissões dos trabalhadores em meio à crise. Defendemos ainda, diante de todas essas demandas, Uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, para que se imponha todas essas exigências e que se barre todos os ataques vindos desse governo reacionário, que se coloca contra o povo, a favor dos ricos.

 
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