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Supremacista branco que matou dois manifestantes do Black Lives Matter nos EUA é detido
Redação

Nesta quarta-feira, 26, o adolescente supremacista branco, Kyle Rittenhouse, foi detido por homicídio qualificado, após ter matado dois manifestantes que estavam em protestos por justiça para Jacob Blake nos Estados Unidos. O movimento Black Lives Matter reemerge no coração do imperialismo norte-americano contando com milhares nas ruas questionando o racismo estrutural e apoio de astros negros do basquete.

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No dia de ontem, 26, a polícia prendeu Kyle Rittenhouse, jovem branco de 17 anos que matou duas pessoas com um fuzil na noite de terça-feira, 24, em Kenosha, Estados Unidos, durante protestos contra o racismo estrutural e a violência policial que se levantaram novamente com força no país imperialista após o disparo de sete tiros pela polícia em Jacob Blake.

Rittenhouse é um antigo cadete da polícia que se juntou a um grupo de “milícia” armada, fazendo parte do movimento supremacista branco Blue Lives Matter (“vidas azuis importam”, fazendo referência à cor do uniforme dos policiais, organização criada em resposta ao Black Lives Matter).

Na noite de terça-feira, já sendo a terceira noite consecutiva após a polícia ter atirado em Jacob Blake à queima-roupa pelas costas, aconteciam protestos na cidade norte-americana de Kenosha. Foi quando o adolescente supremacista de 17 anos disparou contra três pessoas, matando duas e deixando gravemente ferida a terceira. Rittenhouse foi indiciado por homicídio qualificado, entretanto, diversas testemunhas do assassinato relataram como a polícia deixou o atirador passar armado com um fuzil sem fazer nada. Ao ser questionado, o xerife David Beth alegou que o cenário era "caótico", com pessoas gritando e correndo por todas as partes. Não só isso, o grupo de civis armados atacou os manifestantes brutalmente depois que as manifestações foram reprimidas pela polícia a Guarda Nacional que foi acionada pelo governador do estado de Wiscosin, onde está a cidade de Kenosha, pertencente ao Partido Democrata.

Vídeo do adolescente armado no protesto de terça-feira a noite.

Na verdade não é a primeira vez que civis armados e grupos supremacistas brancos aparecem em manifestações contra a polícia racista. Reivindicados pelo próprio presidente Donald Trump, são grupos que já atacaram manifestantes do movimento Black Lives Matter em outras ocasiões. A história do país imperialista norte-americano está marcada pela existência destes grupos supremacistas, como demonstra o grupo Klu Klux Klan, além de estar manchada com sangue negro fruto da violência e brutalidade racista da polícia.

Nesta semana, após Jacob Blake ter sido atingido pelos sete tiros da polícia racista, uma nova onda de protestos do Black Lives Matter emergiu no país, confirmando toda a potência que já em maio, após o brutal assassinato de George Floyd, o movimento mostrou ter. A indignação e revolta é imensa, contando com a força de milhares nas ruas e chegando inclusive a fazer com que atletas reconhecidos suspendessem a temporada do NBA, principal liga de basquete dos EUA, declarando apoio ao movimento Black Lives Matter e repúdio à violência policial e racismo estrutural do país.

Toda essa onda de protestos no coração do imperialismo norte-americano se dá às portas da campanha eleitoral presidencial. Enquanto Trump deixa claro estar do lado dos supremacistas brancos, protegendo a polícia e apostando na polarização de sua base social e em uma política de “lei e ordem”, o Partido Democrata, com o candidato Joe Biden a frente, sequer questionou a instituição da polícia, fazendo uma vazia exigência a uma investigação transparente.

 
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