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PRIVILÉGIOS
Bolsonaro concede novo bônus salarial a militares, enquanto trabalhadores morrem na pandemia
Redação

No decreto publicado ontem (25/07) pelo Diário Oficial da União, Bolsonaro assinou um benefício que "regulamenta o adicional de compensação por disponibilidade militar", que concede um valor bônus aplicado pelo percentual que o militar da ativa recebe hoje. Uma das especificações do documento é que a bonificação para os militares seja retirada diretamente dos cofres públicos (tesouro nacional), o que entra em contraposição direta com o discurso e aplicação de medidas de austeridade que deixaram de fora os militares - como foi o caso da reforma da previdência.

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No decreto publicado ontem (25/07) pelo Diário Oficial da União, Bolsonaro assinou um benefício que "regulamenta o adicional de compensação por disponibilidade militar", que concede um valor bônus aplicado pelo percentual que o militar da ativa recebe hoje. Uma das especificações do documento é que a bonificação para os militares seja retirada diretamente dos cofres públicos (tesouro nacional), o que entra em contraposição direta com o discurso e aplicação de medidas de austeridade que deixaram de fora os militares - como foi o caso da reforma da previdência.

Importante ressaltar que esse decreto de "disponibilidade" surgiu no seio da discussão da reforma da previdência, onde a divisão entre os altos escalões e a base dos militares (que constitui os 82% de praças: soldados, cabos, sargentos e suboficiais) criou uma situação incômoda de separação na instituição para Bolsonaro e Mourão, que acarretou em uma extensão dos privilégios de forma bem comedida ao restante da hierarquia, criando o adicional de disponibilidade e de "habilitação" (que remete a especialização dentro do exército).

Enquanto isso, o Brasil bate recorde de mortes por Covid 19, ultrapassando a linha de 100 mil mortes. Não existem testes massivos para a população, os leitos dos hospitais estão superlotados e os trabalhadores da saúde e diversos setores que têm contato diário com a população seguem sem equipamentos de proteção ou álcool em gel.

O índice de desemprego é de mais de 12% no Brasil e o número de trabalhos informais se expressa fortemente alcançando 40% das rendas sem carteira assinada. Diretamente há o aumento de demissões nas empresas, redução de salário e ataques pelo governo Bolsonaro/Mourão no funcionalismo público (como é o caso da greve dos correios).

Continuando a linha de atropelar os trabalhadores com duros ataques, o governo Bolsonaro, alinhado com o STF (Supremo Tribunal Federal) mantém a todo vapor as regras do jogo postas à mesa na reunião dos ministros. Somente os trabalhadores podem intervir nesse processo catastrófico, atuando diretamente como organizadores de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que discuta a partir de seus bairros, locais de trabalho e estudo como combater a pandemia, como melhorar o saneamento básico, como transformar o regime de conjunto em uma lógica que o lucro não tenha mais valor que a vida dos trabalhadores.

 
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