Centenas de carteiros, foram para as ruas nesta segunda (24) lutar contra a ameaça de privatização e o ataque ao acordo coletivo que retira o auxílio creche, vale-alimentação, licença maternidade, entre outros direitos, em plena pandemia.
Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) já estão há mais de uma semana em greve nacional, com adesão de 70% da categoria contra o desmonte da empresa que vem sendo promovido pelo governo, que anunciou a alteração de 70 cláusulas no acordo coletivo, em ataque a conquistas históricas.
Flavia Valle, pré-candidata a vereadora pelo MRT em Contagem, esteve presente no ato e prestou apoio aos trabalhadores:
A greve dos Correios, que se iniciou segunda-feira (17) da semana passada, teve o seu sétimo dia com atos espalhados em...
Publicado por Flavia Valle em Terça-feira, 25 de agosto de 2020
Já são 120 carteiros que morreram por Covid-19, resultado também da política negacionista de Bolsonaro que levou à morte mais de 115 mil pessoas, e o alinhamento dos governadores para a volta da atividades.
Em entrevista, um carteiro de Natal nos informou que eles receberam duas máscaras de proteção durante três meses da pandemia, álcool em gel chegou há pouco tempo, 1 mês atrás.
O novo ataque não é só para o período da pandemia, mas sim a imposição de precarização permanente de trabalho e de vida.
Em outros estados, como em Sergipe, São Paulo e Rio de Janeiro, houve atos com dezenas de trabalhadores dos Correios. Em Curitiba, foi realizada uma manifestação em frente à agência do centro da capital paranaense.
O sindicato da categoria no estado do Paraná afirma que há uma adesão de mais de 70% dos trabalhadores à greve, desde segunda. Em Patos de Minas dezenas de trabalhadores foram ao hemocentro da cidade mineira doar sangue.
Esse ataque quer pôr fim em direitos das trabalhadoras dos Correios. A empresa quer a retirada da licença-maternidade de 180 dias, auxílio para filhos com necessidades especiais e o auxílio-creche. Isso demonstra que o setores oprimidos, como as mulheres, na sociedade capitalista sempre são atacados mais profundamente.
O plano de vender o Brasil para empresas multinacionais com suas sedes na Europa e EUA não é novidade. Em toda campanha para as eleições, Paulo Guedes, herdeiro da escola de Economia de Chicago, deixava mais que claro.
Isso demonstra que apesar de todo o seu discurso de soberania nacional, a política de Bolsonaro é totalmente subordinada aos interesses imperialistas. Como já desmascaramos aqui, o projeto neoliberal desse governo fala demagogicamente contra supostos prejuízos e ineficiência dos serviços públicos como justificativa de precarização do trabalho e o avanço para submeter mais ainda os países economicamente mais atrasados como o Brasil aos interesses do capital imperialista.
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