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ELEIÇÕES EM SP
Eleições em São Paulo e as tarefas da esquerda revolucionária
Marcella Campos
Vanessa Dias

Nesse artigo, queremos debater as tarefas da esquerda revolucionária com a importante força social que quer lutar contra Bolsonaro e a direita.

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Essa será a primeira eleição desde que Bolsonaro se elegeu presidente por um processo eleitoral repleto de manobras e arbitrariedades do Judiciário como consequências do golpe institucional de 2016. Será também realizada em meio a uma pandemia, um fenômeno que aprofundou a crise econômica que já existia e mudou aspectos importantes da vida de milhões de pessoas que estão neste momento pensando como será a vida e a sociedade nos próximos meses e anos.

Sob o ataque frontal de Dória com a PL 529 os trabalhadores terão que lidar com uma gama de candidatos reacionários e da extrema-direita. Por isso, em uma cidade dominada pelo PSDB e disputada pelo bolsonarismo, aonde o PT mostrou a que veio em suas gestões com repressão aos movimentos sociais não é um detalhe que as atuais pesquisas apontem cerca de 10% de intenção de votos para uma alternativa à esquerda do PT com a pré-candidatura do PSOL. Queremos debater as tarefas da esquerda revolucionária diante dessa importante força social contra Bolsonaro e a direita.

Doria, Bruno Covas e o sujo PSDB querem fazer São Paulo sangrar ainda mais

Com quase 27 mil mortos pelo novo coronavírus, o estado de São Paulo é o estado com maior número de óbitos pela pandemia em todo o país. Esse número mostra um cenário assustador, onde uma enorme massa de milhões de trabalhadores informais não pôde escolher não trabalhar, não tiveram garantia de remuneração, não tiveram máscaras nem testes. Foram jogados à própria sorte nas ruas e transportes lotados todos os dias, muitos se arriscando nas motos e bicicletas de serviços de entrega, uma massa de trabalhadores, em sua maioria negra, que não teve a opção da quarentena.

João Doria, do PSBD, que tentou se alçar como principal “adversário” eleitoral do Bolsonaro (buscando desvencilhar-se do BolsoDoria), aproveitou a absurda situação de que o próprio presidente do país ignorava a gravidade da pandemia e debocha das mortes para então surfar na onda da oposição e escolher o mote “Fique em Casa”, como quem supostamente se preocupava com a vida das pessoas. Assim, em um primeiro momento da pandemia com uma “forcinha” da Rede Globo, Rodrigo Maia, ministros do STF e outros atores do regime golpista, o governador se promoveu como “oposição racional e democrática” à falsa preocupação de Bolsonaro com os empregos, mas na prática Doria governou o estado em direção ao desastre sanitário com o maior número de mortos e infectados, onde os pobres morreram nas mãos do sistema público de saúde, não tiveram acesso rápido aos milhões de testes que tanto prometeu logo no começo da pandemia. É o governador que assiste ao crescimento da falência de pequenos e médios produtores e comerciantes, às gritantes taxas de desemprego e subemprego, ao aumento de famílias sem casa dormindo nas ruas e é quem promove o aumento recorde da violência e dos assassinatos policiais contra principalmente a população jovem e negra.

Eis do que o PSDB foi parte protagonista de fazer com São Paulo: em janeiro deste ano, a população de rua na cidade já era de 24 mil pessoas, crescendo 53% nos últimos 4 anos, e isso mesmo com os barracos de madeira não entrando nas estatísticas. Hoje, após cinco meses de pandemia, essa situação é sem dúvida maior, e ainda vai se agravar muito com a possibilidade de fim do auxílio emergencial. Também é esse cenário em relação ao desemprego, onde só na cidade de SP mais de 70 mil pessoas perderam o emprego na pandemia, e isso é de acordo com dados do mês anterior.

Esse é o cenário de São Paulo, nas mãos de Bruno Covas, que busca pegar carona com o perfil de “oposição” a Bolsonaro para se manter à frente da prefeitura. O atual prefeito, que assumiu após Doria sair para governar o estado, esteve à frente de profundas medidas de ataques aos trabalhadores, como a aprovação da reforma da previdência a nível municipal, o Sampaprev, que confisca uma parte enorme dos salários de milhares de servidores da saúde e educação, por exemplo, para depois amargarem à uma aposentadoria baixíssima. É quem está entregando a educação municipal à iniciativa privada e também o prefeito que achou normal as enchentes destruírem tudo e levarem vidas na zona leste de SP: “a água escorre para lá mesmo”.

Em seu mandato, a tarifa de ônibus chegou aos absurdos R$4,40, mesmo com a diminuição da frota e das linhas de ônibus para os bairros da periferia de São Paulo, e cortou o passe-livre para estudantes, além de seguir ameaçando os trabalhadores dos transportes de demissão com os cortes no transporte público. Covas é uma gestão da mais completa entrega dos serviços públicos à iniciativa privada, em que nada passa impune, nem mesmo hospitais no meio de uma pandemia, quando as pessoas mais precisam destes serviços. Covas é um verdadeiro inimigo das trabalhadoras e trabalhadores da saúde, que hoje atuam na extrema precarização, colocando suas próprias vidas em risco todos os dias, como é a situação no Hospital do Servidor Público Municipal. Nem a almejada reeleição fez Bruno Covas interromper a venda do ensino infantil em São Paulo, junto com seu secretário Bruno Caetano - pupilo de Aécio Neves, Serra e outros “nomes renomados” estilo PSDB -, e é quem faz andar o processo de venda de 12 CEUs (Centros Educacionais Unificados) pela cidade.

Isso mostra que Covas é o candidato que todo empresário e banqueiro quer. É a continuidade do trabalho sujo do PSDB em São Paulo e agora apresenta a sua pré-candidatura para ser novamente prefeito da cidade. Apesar disso tudo e de estar à frente nas pesquisas eleitorais iniciais, Covas não é em si mesmo uma figura que gera entusiasmo eleitoral, mas Doria e o PSDB enxergam na cidade a “grande oportunidade” para alçar o tucanato na mentirosa “oposição” ao bolsonarismo e querem aproveitar a pulverização de candidaturas de direita para colocá-lo em destacada posição.

Quem será o candidato suficientemente perverso para Bolsonaro chamar de seu?

Mesmo sendo responsável por uma política que rifou mais de 100 mil vidas, que jogou ao mais completo desamparo milhões de famílias, o índice de aprovação de Bolsonaro cresceu. Isso foi possível devido ao auxílio emergencial, que ele próprio foi contrário no começo, mas agora busca capitalizar, ou seja, usa a fome das famílias para se promover.

Mas a situação em São Paulo é que ainda não há, até o momento, uma alternativa eleitoral pra Bolsonaro chamar de sua, e ele não pode se dar ao luxo de perder a base conquistada em São Paulo, na eleição de 2018. Ainda assim Joice Hasselman do PSL que foi enxotada do governo Bolsonaro nos últimos dias se autodeclarou como a melhor opção para o presidente, assim como também Russomanno, que não vai perder a oportunidade de buscar esse apoio. Há outros setores reacionários de extrema-direita “chorando”, como se pôde ver na patética entrevista do deputado Douglas Garcia (PTB) para a Folha “Eu, por exemplo, estou desesperado aqui. Não sei o que eu faço da vida com relação à prefeitura. Não tenho candidato a prefeito. A gente tentou lançar o Edson Salomão, nenhum partido quis dar a legenda. Está tão complicado que estamos sofrendo para ter um candidato no primeiro turno”.

As candidaturas de Levy Fidelix (partido do vice de Mourão, PRTB) e Arthur do Val (Patriota) até o momento não buscam o apoio do Bolsonaro e, dessa forma, fica em aberto se ou como ele conseguirá firmar sua base eleitoral na cidade, com ex-aliados e supostos opositores pulverizados em chapas distintas, mas que capitalizam votos dos setores de extrema-direita. Apesar de Bolsonaro ter dito que se manteria longe das eleições municipais, certamente estará de olho em como se manifestará a sua base e torce para poder ter uma candidatura para poder se apoiar, uma candidatura que não vai responsabilizá-lo por todos esses escândalos que vem promovendo. O que ele mais quer é um candidato que naturalize as mais de 100 mil mortes e não coloque em sua conta negacionista, e que esconda ou negue o aumento do desemprego massivo que atinge milhões, o aumento das pessoas em situação de rua e as reformas que descarregam a crise nas costas dos trabalhadores enquanto preserva gigantes empresários e banqueiros, como a MP 936 e a MP 927. Isso sem falar das barbaridades que ele promoveu em relação ao meio ambiente, aos povos indígenas favorecendo os bilionários. Esse racista agora busca aparecer como “sensível” em relação ao caso do entregador Miguel, mas ele é responsável por cada trabalhador que se encontra nessa condição de fome e desamparo.

O farsante “moderado” Márcio França seria, então, o candidato de Bolsonaro? A pré-candidatura de Márcio França é considerada por alguns como de “centro”, “contra os radicalismos”, “moderado”, e aparece para muitos trabalhadores como o “menos pior” e que tem chances contra o PSDB. Uma farsa, já que Márcio França foi vice de Geraldo Alckmin e portanto responsável por todos esses anos de tucanato em São Paulo. Mas o fato é que neste momento França está buscando acordos com a extrema-direita e trocando afagos com Bolsonaro para ter apoio e enfrentar Doria nessas eleições.

Já na eleição passada, França não titubeou em sair em “santinhos” ao lado de Bolsonaro e nem em usar o conto da carochinha com um suposto discurso progressista para atrair o apoio de parte dos votos que iam para o PT (que, por sua vez, aceitou o chamado e fez campanha “por baixo”). E hoje, mesmo após 20 meses de governo desse facínora do Bolsonaro, França busca retomar esse apoio. Apontado em terceiro lugar nas pesquisas, França já diz que não medirá esforços para se aliar com quem estiver mais bem localizado pra ter forças contra Doria, e dá destaque em seu programa de governo o alistamento civil de jovens para buscar apoio da extrema-direita, assim como também incentivará a ideia de “voto útil” contra Covas para buscar apoio na base petista.

Se já não bastasse isso, França também busca novamente articulação com outras escórias patronais como Fiesp e conta com um vice do PDT, Antônio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), mesmo partido de Ciro Gomes.

O PT faz oposição em palavras, mas por baixo blinda o regime do golpe e busca seu lugar ao sol

Essas eleições também têm importância destacada ao PT, que a vê ligada ao seu objetivo maior: voltar a administrar o capitalismo brasileiro em 2022 e retomar com protagonismo seu papel no atual regime. Regime político este que foi erguido para avançar sem dificuldades com contrarreformas e ajustes contra os trabalhadores maiores do que os que PT vinha fazendo. Por isso em sua atuação superestrutural, “por cima”, aparece com figuras reconhecidas do partido se opondo ao bolsonarismo, mas na prática levam a frente nos estados em que governam a mesma reforma previdenciária, apoiam outras contrarreformas que destroem direitos trabalhistas, com políticas de despejo de famílias inteiras e dos movimentos de luta por moradia, e reprime com a polícia os servidores públicos que resistiram contra esses ataques.

Já na atuação “por baixo”, ou seja, nos movimentos sociais, sindicais, nas regiões e nos locais de trabalho onde atuam com a CUT (junto à CTB do PCdoB), é também o PT responsável por garantir essa “trégua eleitoral”. O que isso significa? Significa que o PT busca não fomentar que as pessoas lutem contra a retirada de direitos e a degradação da qualidade de vida e, mais do que isso, que não questionem esse sistema feito para despejar nas costas dos trabalhadores o ônus das crises. Com essa estratégia falida para “defender a democracia” é que o PT se posiciona nessas eleições e, em São Paulo, apresenta a candidatura de Jilmar Tatto, político intrinsecamente ligado à máquina partidária do PT, após eleição interna do partido, onde obteve uma pequena vantagem de votos diante de Alexandre Padilha, e a recusa de Haddad a concorrer. A candidatura de Tatto surge já enfraquecida dentro do próprio PT.

A candidatura busca aproximação com a periferia de São Paulo e coloca eixo na melhoria da locomoção dos trabalhadores pela cidade. Nada mais hipócrita, já que em 2014, como secretário de transportes na gestão de Haddad, foi justamente quem exigiu repressão da polícia aos motoristas e cobradores de ônibus que reivindicavam melhores condições de trabalho. Foi também o próprio que esteve neste cargo em junho de 2013, quando houve a explosão das manifestações de rua em resposta ao aumento das tarifas, que deixou claro a enorme insatisfação de pessoas em relação às condições do transporte caríssimo e precário na cidade de São Paulo. Além disso, Jilmar Tatto como secretário de transportes na gestão da prefeitura de Marta Suplicy, foi acusado, junto a membros de sua família, de envolvimento em máfias de transportes clandestinos na cidade.

A candidatura de Tatto não tem conseguido empolgar nem mesmo a militância e votantes do PT e perdeu apoio de icônicas figuras aliadas do partido e de artistas que são referências políticas. Mas Tatto busca conter as crises, promete Lula e Haddad pela cidade como seus cabos eleitorais e não está dado que a candidatura será fraca, tendo em vista que essas eleições são muito importantes para o PT, mas, por ora, o candidato aparece menos como alternativa que a chapa de Boulos-Erundina do PSOL.

A importante força social que busca uma alternativa à esquerda do PT

Frente a esse difícil cenário para os trabalhadores, que estão sofrendo as consequências da pandemia por um lado e da crise econômica por outro, nessa mesma São Paulo dominada pelo PSDB e disputada pelo bolsonarismo, a intenção de votos nas primeiras pesquisas eleitorais mostram uma força social que busca uma alternativa à esquerda do PT. Isso se torna ainda mais importante frente ao senso comum do “mal menor” petista, que, como já apontamos, sempre trilhou o caminho da conciliação de classes em nome da governabilidade, com um projeto de país bastante dócil aos empresários e capitalistas.

A chapa Boulos e Erundina do PSOL em São Paulo vem portanto despertando o interesse de jovens e setores de classe média, mas também de trabalhadores justamente por aparecer como uma alternativa às velhas fórmulas petistas. Em nossa visão, essa força social em potencial, expressa nos 10% de intenção de votos, ainda que possa se alterar de acordo com o cenário eleitoral, é um ponto de apoio muito importante para todos os que querem batalhar pra derrotar Bolsonaro, mas sem sucumbir à estratégia petista de conciliação de classes. Nesse sentido, queremos durante os próximos meses dialogar com todos os jovens e trabalhadores que veem em Boulos e Erundina essa alternativa.

Isso porque em nossa visão uma alternativa à esquerda do PT pra derrotar Boslonaro precisará apresentar um programa que seja abertamente anti-capitalista atacando os lucros capitalistas na perspectiva de impulsionar a mobilização da nossa classe, já que essa é a única forma de impor medidas assim e não pela via eleitoral. Por isso, como já viemos expressando em artigos, a política nacional do PSOL para derrotar Bolsonaro através do impeachment se aliando com amplo arco de partido, até mesmo os que apoiaram o golpe institucional termina sendo funcional à manutenção deste regime do golpe institucional já que resultaria na entrada do General Mourão como presidente, como viemos apresentando em nossa visão seria necessário um programa político que questionasse mais a fundo a atual situação de degradação da democracia no país, pra mudar as regras do jogo e não apenas os jogadores. Mas mesmo do ponto de vista da administração de uma cidade em meio ao sistema capitalista uma candidatura que se proponha impulsionar a mobilização dos trabalhadores no sentido de potencializar uma saída revolucionária jamais poderia aceitar por exemplo a Lei de Responsabilidade Fiscal (que impõe que os gastos públicos com serviços essenciais não possam ultrapassar um valor muito baixo), como defendeu Freixo no Rio de Janeiro em 2016 e também como se expressa na falta de crítica a essa lei nos materiais de Boulos e Erundina – e não podemos deixar de apontar a repressão a greve de motoristas e cobradores de ônibus quando Erundina foi prefeita de São Paulo em gestão a partir de 1989.

Neste sentido, estamos ao lado de todos os que querem buscar uma alternativa à esquerda do PT e por isso queremos debater com cada companheiro e companheira o programa que consideramos mais correto pra essa perspectiva.

Um programa pra que os capitalistas paguem pela crise

Em São Paulo, é urgente a batalha para enfrentar o grave problema do desemprego, enfrentar a fome e efetivamente resolver o problema de falta de moradia, com uma reforma urbana radical. Para combater a precarização do trabalho e a perda de direitos com a uberização, precisamos revogar reformas como a trabalhista, lutar pela igualdade salarial entre brancos e negros, homens e mulheres, com o fim da terceirização, a partir da incorporação de todos os terceirizados sem a necessidade de realização de concurso público.

Para conquistar essas demandas, nossa luta não vai se restringir somente à nossa cidade, vai precisar de uma batalha que se enfrente abertamente por exemplo com o pagamento da dívida pública, uma verdadeira bolsa banqueiro, organizando nossa mobilização para impor o não pagamento dessa dívida, cujo montante gasto poderia ser equivalente ao financiamento de uma reforma urbana radical para acabar com a especulação imobiliária, as moradias precárias e o desemprego.

E um programa que responda efetivamente esses problemas só pode acontecer se enfrentarmos não apenas Bolsonaro e a extrema-direita, mas também o Congresso Nacional, o STF, a rede Globo, ou seja, os atores do regime político. Neste caso seria necessário batalhar por uma Constituinte imposta pela luta. Este é um debate que viemos fazendo com os companheiros do Bloco de Esquerda do PSOL e também do PSTU.

É nessa perspectiva, de confiar e impulsionar a mobilização dos trabalhadores, das mulheres, negras e negros, LGBTs, da juventude, que acreditamos que devem atuar os revolucionários nessas eleições, sabendo da sua importância, localizando que elas acontecem em um marco de extrema importância para todas as regiões do país e de que também nesse terreno podemos ampliar o alcance das ideias revolucionárias, usando esse espaço para denunciar os sofrimentos que nossa classe está enfrentando em meio à pandemia e à crise econômica e social e defendendo medidas para que ela seja paga pelos capitalistas, mas é imprescindível a perspectiva de ultrapassar os limites do parlamento, não enxergando as batalhas e as conquistas realizadas neste terreno como um fim em si mesmo, sendo necessário avançar a uma perspectiva anticapitalista, revolucionária e socialista.

É com esse programa e com essa perspectiva que atuará nessas eleições a pré-candidatura da Bancada Revolucionária de Trabalhadores, composta por Diana Assunção, Letícia Parks e Marcello Pablito, impulsionada pelo MRT através da filiação democrática no PSOL, que nos concedeu sua legenda democraticamente diante deste regime eleitoral que impede organizações e trabalhadores independentes a terem candidatos. Com nossas próprias bandeiras e sendo parte dos vivos debates entre toda esquerda queremos contribuir pra luta dos trabalhadores.

 
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