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DEMISSÕES
Volkswagen planeja demissão de 5.000 trabalhadores nas fábricas do ABC e Grande Curitiba
Redação

Na última terça-feira (18/8), a Volkswagen anunciou seu plano para demitir cerca de 5.000 funcionários em três fábricas no estado de São Paulo e uma no Paraná, número que representaria 35% dos empregados da montadora em todo o Brasil.

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Na reunião com os sindicatos dos trabalhadores em que a medida foi anunciada, a empresa alemã também apresentou propostas de flexibilização da jornada e cortes no reajuste salarial, no valor da PLR, no auxílio-transporte e alimentação, como também alterações no plano de saúde. Corta-se tudo, menos o lucro do patrão. Nesse sentido, a Volkswagen, que já tinha reduzido 30% da jornada e salários recentemente, no ano passado propagandeou o crescimento de 42% em seu lucro líquido no terceiro trimestre, chegando a 3,79 bilhões de euros, na comparação ao mesmo período de 2018. No acumulado do ano até setembro, o avanço foi de 17%, puxado especialmente pelo desempenho das vendas no Brasil. A receita global da montadora alemã avançou 11,26%, para 61,42 bilhões de euros!

Desse modo, o que não falta é dinheiro, razão pela qual é necessário que desde já que os trabalhadores não admitam qualquer tipo de demissões em massa. Um exemplo vem dos aeroviários ameaçados de demissão pela Latam que estão se auto-organizando desde assembleias próprias em uma luta pela manutenção de seus empregos. Por meio de uma forte organização de base para paralisações, já que o sindicato dos aeroviários se resumiu a negociar com a empresa de portas fechadas e por cima da decisão dos trabalhadores, a categoria mostra a sua força e confronta seus interesses aos interesses dos grandes empresários.

É por isso que nós, do MRT, defendemos fortemente que, a partir da organização dos trabalhadores em assembleias, de paralisações e manifestações é possível impedir as demissões e os ataques às condições de trabalho. É necessário que os trabalhadores convoquem seus sindicatos a organizar todos os terceirizados e efetivos, desempregados e empregados em uma só luta pela proibição das demissões. Além disso, é urgente que as centrais sindicais, a CUT, que dirige o sindicato de metalúrgicos do ABC, e a CTB rompam com sua paralisia e organize sua base operária para combater consequentemente as demissões.

Afinal, somente com essa política própria da classe trabalhadora organizada em seus locais de trabalho por meio de comitês de base e na escolha democrática de seus delegados é que seria possível, em uma luta decidida contra os patrões, Bolsonaro e militares e de forma independente do congresso de Rodrigo Maia e do STF, impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana em que os empregados da Volkswagen e toda a classe operária pudessem decidir não só pela proibição de qualquer corte no número de funcionários como também pelo controle dos próprios trabalhadores das suas fábricas, garantindo, por meio do não pagamento da dívida pública, a todos os que já estão desempregados o acesso à renda mínima de dois mil reais para conseguirem viver de forma mais plena em meio a pandemia.

 
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