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Com manobra de juíza bolsonarista, MP-RJ perde prazo de recurso contra foro de Flávio Bolsonaro
Redação

Soraya Gaia, procuradora e apoiadora de Bolsonaro nas redes sociais, teria acessado uma intimação que informava ao MP o envio do caso de Flávio para o TJ-RJ, assim o sistema teria entendido que começava a correr o prazo para o recurso da decisão de foro privilegiado, o que fez com que o MP recorresse fora do tempo previsto.

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O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) julgou que o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) perdeu o prazo em relação aos recursos sobre o foro privilegiado do senador Flávio Bolsonaro que está sendo investigado pelas “rachadinhas”.

Segundo o TJ-RJ os recursos apresentados pelo MP que se colocavam contra o foro privilegiado do senador aconteceram fora do prazo legal de 15 dias. O que já é bastante questionável se tornou ainda mais já que, segundo investigações, o que fez com o que o MP perdesse o prazo foi a ação de uma procuradora bolsonarista.

Soraya Gaia, procuradora e apoiadora de Bolsonaro nas redes sociais acessou em 2 de julho uma intimação que informava ao MP o envio do caso de Flávio para o TJ-RJ, assim o sistema entendeu que o MP já tinha tomado ciência da decisão e correu com o prazo.

O TJ-RJ concedeu foro privilegiado ao senador Flávio Bolsonaro em junho deste ano nas investigações dos esquema das “rachadinhas”, assim o processo saiu da vara criminal e passou para um órgão especial do TJ, o que o MP-RJ pediu recurso, negado pela perda de prazo.

Flávio Bolsonaro, que nas eleições tinha discurso contra os privilégios do Foro, utiliza ele hoje para tentar se safar das investigações das “rachadinhas”. Esse é mais um caso emblemático do que significa a justiça corrupta do nosso país, que tem seus próprios interesses nessas investigações e está longe de buscar de fato a verdade e a punição dos políticos corruptos.

Esse é mais um caso que mostra que a única forma de combater a corrupção é que sejam os trabalhadores e o povo a ter acesso aos inquéritos e a julgar os corruptos por juris populares, como Flávio Bolsonaro e tantos outros do seu clã. Um judiciário totalmente privilegiado com altíssimos salários e que desde o golpe institucional de 2016 vem aprofundando seu papel arbitrário na política brasileira para fazer passar mais ataques aos trabalhadores, não pode responder a nenhum caso de corrupção nem pode estar ao lado da classe trabalhadora.

 
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