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CRISE CAPITALISTA
Auxílio emergencial: dinheiro público para trabalhador tem limite, para bancos e ricos não
Diego Nunes

Em live, nessa quinta-feira (13), Bolsonaro afirma ser impossível manter o auxílio emergencial de 600 reais, para o desespero de milhares de famílias.

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Segundo Bolsonaro o benefício custa 50 bilhões por mês aos cofres públicos. Em 5 meses o governo teria destinado aproximadamente 250 bilhões para o auxílio. Um bilhão de reais destinados para o auxílio é investigado pelo Ministério Público Federal por irregularidades, como os 52 mil militares ativos e inativos que receberam o benefício.

O benefício foi criado para durar 3 meses, mas a péssima política de combate à pandemia, que levou à morte mais de 105 mil pessoas no país e a necessidade de Bolsonaro manter uma base de apoio, pressionou o governo a estender o auxílio por mais 2 meses. Os que mais sofreram e morreram pela pandemia foram trabalhadores obrigados a seguir trabalhando, negros e periféricos. Ainda assim, mesmo sendo insuficiente, o auxílio é indispensável e de grande ajuda para centenas de milhares de desempregados e trabalhadores precários.

O auxílio é propagandeado como a medida mais cara do pacote anticrise. Porém não se fala que para os bancos foi destinado 1,2 trilhão, 4,8 vezes mais do que para o auxílio emergencial. A bolsa banqueiro para bilionários foi muito maior do que o auxílio para quem passa fome. Ao falar do auxílio emergencial Bolsonaro afirma ainda que “não é dinheiro do povo, é endividamento”.

Bolsonaro acusa de demagogia parte da esquerda que defende que o auxílio seja permanente. No entanto, grandes empresários brasileiros e estrangeiros já sonegaram nesse ano mais de 388 bilhões de reais, só esses recursos se confiscados poderiam mais que dobrar o valor do auxílio, podendo destinar 2 mil reais por trabalhador, salário médio do trabalhador brasileiro antes da pandemia. Com 1,2 trilhão se ao invés de destinar para salvar banqueiros fosse destinado para o auxílio seria sim possível estender por muito mais tempo. Se taxasse as grandes fortunas de famílias que desde o período da escravidão acumularam suas riquezas com base no sangue e suor dos trabalhadores, muito mais poderia ser feito para salvar vidas durante a pandemia e responder à crise econômica dos que levam o país nas costas, a classe trabalhadora.

Bolsonaro, os militares, STF, Congresso ou governadores não levarão à frente essas ideias, pois estão unidos para tirar direito dos de baixo para sustentar o luxo dos de cima nessa sociedade marcada pela desigualdade. Somente os trabalhadores auto organizados em cada local de trabalho e moradia, com comitês de saúde e segurança, a partir de cada sindicato também superando as burocracias sindicais, podem levar à frente essas tarefas para que sejam os capitalistas que paguem pela crise. O que não é possível para Bolsonaro, por ele e todo o governo defenderem os interesses de meia dúzia de latifundiários e capitalistas, é completamente viável pelas mãos da própria classe trabalhadora. Nossas vidas valem mais que os lucros deles!

 
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