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VOLTA AS AULAS PRESENCIAIS
Bahia: Rui Costa (PT) quer reabrir escolas com risco de novas contaminações
Redação

Mesmo com constatação de taxas de contaminação mais elevadas do que números oficiais, os esforços do governador são para garantir reabertura das escolas da rede estadual, acompanhando a linha negacionista do governo federal.

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Na semana passada o governador Rui Costa (PT) anunciou plano para o retorno das aulas nas escolas estaduais, segundo ele a aulas passariam a incluir os sábados e não haverá recesso no final de ano. Dentro desse plano o ano letivo encerraria em fevereiro de 2021.

"Devemos ir até fevereiro, para terminar o ano de 2020. Não terá recesso no final do ano. E com isso a gente cumprirá o número de horas"
O governador disse que será obrigatório o uso de mascaras e distanciamento social, elencou uma serie medidas para garantir a segurança sanitária das escolas. Entretanto alunos, pais, professores e funcionários das escolas temem que a medida seja precipitada e alegam que a atual estrutura das escolas não tem capacidade de garantir a segurança da comunidade escolar.

Em resposta as criticas do sindicato dos professores, que chamou o retorno a aulas de genocídio, Rui Costa respondeu ironicamente desdenhando dos professores dizendo “Não vi ninguém falando de genocídio quando se falou de abrir shopping”. Inclusive a Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia também aponta que a estrutura dos colégios públicos do Estado tem salas superlotadas, pouca ventilação, banheiros e bebedouros precários, como disse a coordenadora Marilene Betros. Alunos, como Fernanda Santo, também alegam que temem que o retorno aconteça de forma precipitada, pois em suas famílias tiveram casos de contaminação e acreditam que possam ter também familiares assintomáticos e por conta do contato levar a contaminação para a escola.

O receio da comunidade escolar tem mais que base na realidade
Segundo testagem realizada em três cidades do interior foi constatado que a taxa de contaminação em integrantes da comunidade escolar é de 10%, quando nos números oficiais essa taxa seria de 1%. A rede de ensino do Estado conta com certa de 800 mil alunos matriculados, o que significaria um universo de possibilidade novos contágios na casa de 80 mil alunos, que poderiam levar a doença para novos alunos, professores, funcionários e familiares. Mesmo assim os planejamentos do governo do estado são de garantir a reabertura para impedir o cancelamento do ano letivo, colocando a comunidade escolar em risco em uma política diretamente alinhada com a pressão negacionista do governo federal e dos grandes empresários que só estão interessados que a normalidade seja imposta em nome de sua lucratividade, sem qualquer preocupação com a vida.

Assim como temos nos posicionado nacionalmente qualquer plano de reabertura deve passem em primeiro lugar pela avaliação da comunidade escolar, ou seja, por quem realmente vive a realidade das escolas, os alunos, professores, funcionários da educação e as famílias. São esses que devem decidir quando e quais as medidas necessárias para o retorno das aulas. Somente assim é possível colocar em primeiro plano a garantia da saúde e da vida.

 
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