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SAÚDE
Com 4 meses sem repasses do Governo do RJ, hospitais de Oncologia do Rj tem atendimentos reduzidos
Redação
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Como consequência da crise sanitária, causada pela pandemia do novo coronavírus e combinada com o desmonte da saúde pública, o Estado do RJ se enfrenta com a drástica diminuição do atendimento de pacientes em tratamento contra o câncer, escancarando a política criminosa de Witzel e dos tubarões da saúde privada que continuam a atacar a saúde pública.

Em 2018, o governo do estado do RJ assinou convênios com 11 hospitais privados de oncologia que, mediante repasses de acordo com realização de procedimentos ( num valor de até R$ 537 mil mensais), passariam a atender pacientes do SUS. Porém, hoje as unidades alegam que estão há 4 meses sem receber os repasses, numa dívida estimada em cerca de R$ 5 milhões.

Com a diminuição de atendimentos desde o ínicio da pandemia, clínicas da saúde privada de médio porte deixaram de lucrar 18 bilhões de reais por queda de 60% das ocupações, pelo adiamento de consultas, exames e cerca de 70% de cirurgias suspensas. Segundo informações da UOL, 45 milhões de pessoas devem morrer nos próximos meses vítimas de cânceres não tratados nesse período.

Tanto a falta de repasses e toda a negligência com a saúde pública por parte de Witzel como os próprios contratos com empresas privadas de saúde, que recebem milhões de dinheiro público e lucram absurdos todos os anos transformando a saúde em mercadoria, mostram mais uma vez a irracionalidade do sistema capitalista e a irracionalidade das medidas sanitárias tomadas pelo Estado que, além das mortes por Covid, causarão também mortes por doenças não tratadas. Além de deixar milhares de pessoas em enormes filas de espera após a pandemia, a saúde privada jogará centenas de milhares de trabalhadores da saúde ao desemprego, mesmo hospitais públicos estando superlotados e com falta de profissionais da saúde, que estão cumprindo jornadas de trabalho imensas para tentarem dar conta da demanda, sendo trabalhadores essenciais no momento. Isso mostra como para Bolsonaro e governadores, o que se deseja salvar não são vidas, mas sim o lucro dos grande empresários.

Frente à isso, é extremamente necessário lutarmos por mais investimentos na saúde pública, mas também pela estatização do sistema privado de saúde sob controle dos próprios trabalhadores da saúde que são os que realmente tem interesse em salvar vidas.

 
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