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VIOLÊNCIA POLICIAL
PM de SP mata jovem desarmado a queima roupa em seu aniversário
Redação

Policiais da Rocam balearam e mataram um jovem de 19 anos no Sacomã na tarde do domingo (09/08). O primeiro de semestre de 2020, mesmo com a quarentena, teve recorde de homicídios por parte da polícia paulista.

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No final da tarde do último domingo, dois policiais militares da Rocam, de moto, balearam um jovem que também estava de moto. Rogério Ferreira da Silva Júnior, de 19 anos, tinha saído com a moto para comemorar seu aniversário. Em um vídeo gravado por uma câmera de segurança, pode-se ver duas motos da PM perseguindo a moto de Rogério, que não esboça reação, até que esta para ao lado do meio-fio e tomba.

Segundo um amigo de Rogério, que foi entrevistado pela Rede Globo, e que estava no local, os PMs não permitiram que ninguém socorresse o jovem enquanto ele ainda esboçava sinais de que vida, como lutar para respirar. Só quando ele não esboçava nenhuma reação que foi permitido algum socorro e uma enfermeira amiga da família tentou fazer massagem cardíaca.

Os próprios PMs admitem que Rogério, que trabalhava em uma empresa de logística, não portava nenhuma arma. A Corregedoria da PM apoiam a tese dos policiais, no entanto, de que se trata de “legítima defesa putativa”, ou seja, os policiais imaginam que há uma ameaça, mas que na verdade não existe. Os policiais afirmam que Rogério teria “feito menção de colocar a mão na cintura”, como se fosse sacar uma arma. Chega a ser rídiculo tal argumento.

É importante ver também que no primeiro semestre de 2020, as Polícias Civil e Militar mataram 514 pessoas no Estado de São Paulo, recorde da série histórica iniciada em 2001, mesmo que o total de homicídios dolosos esteja abaixos dos níveis de 2018 e dos anos anteriores.

É muito duro ver a mãe de Rogério contando sobre a felicidade do jovem com o aniversário e sobre como ela havia comprado um bolo mas não puderam cantar parabéns. Nós nos solidarizamos a família de Rogério e de todos aqueles que foram assassinados por essa polícia assassina e racista.

E por isso dizemos em alto e bom som: a polícia não pode ser reformada! Nossa luta é para abolir essa instituição que tem como única função reprimir os movimentos sociais e assassinar a população negra e periférica. Chamamos aos companheiros do PSTU e de outras organizações de esquerda que revejam suas posições de apoiar os motins policiais, como o que ocorreu no Ceará em fevereiro deste ano. Nos somamos aos milhares de norte-americanos que foram às ruas reivindicar a abolição da polícia!

 
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