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CORTE DE ENERGIA PARA AS FAMÍLIAS POBRES
Mesmo com desemprego em alta, empresas já podem cortar a energia de famílias inadimplentes
Redação

A resolução que impedia o corte de energia em meio a pandemia expirou em 31 de julho e não houve nenhum interesse dos partidos do regime em impedir que o setor mais necessitado da população sofresse um novo ataque.

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Imagem: Reprodução

A partir dessa segunda feira, 3, as distribuidoras de energia de todo o Brasil estão autorizadas a cortar o fornecimento de energia elétrica de domicílios que estejam com contas em atraso. A resolução que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) publicou em março, diante da eclosão da pandemia de COVID-19, expirou em 31 de julho, resolução que não foi prorrogada diante da pressão dos monopólios do setor elétrico.

Isso significa que milhares de trabalhadores pobres, negros e mulheres em sua maioria, estarão sujeitos a mais um ataque das elites empresariais dispostas a manter suas taxas de lucros elevadas mesmo durante a maior catástrofe sanitária do último século.

Enquanto isso, ainda tentam posar demagogicamente como “responsáveis” ao impedir o corte nos domicílios cadastrados como “baixa renda”, medida necessária mas que atinge somente as famílias em situação de extrema necessidade, punindo o restante da população pobre por ter uma mínima condição de consumo.

Tudo com a benção do reacionário governo de Bolsonaro, que usa o discurso de combate a fome e ao desemprego para boicotar o isolamento social e forçar a reabertura da economia sem levar em consideração os mais elementares critérios de contenção da pandemia. A única atitude em relação ao fornecimento de energia foi regulamentar os dias nos quais podem ser realizados o desligamento da mesma.

Mas nenhuma ala do regime pode lavar às mãos em relação a esse drama que vivem as famílias trabalhadoras no país. Bolsonaro, governadores, Maia e o STF, todos em trégua, estão de mãos dadas para descarregar a crise nos trabalhadores. Sua falta de respostas em meio a crise econômica que bota na miséria e nas ruas milhares de famílias, ou a crise sanitária que continua custando milhares de vidas por dia, mostram o descaso desses políticos pela população trabalhadora. O corte já pode ser feito a partir de 1º de agosto.

É necessário que os trabalhadores coloquem sua resposta, com um programa que garanta o fornecimento de todos os serviços essenciais (água e saneamento, energia elétrica, internet, gás) a todos aqueles que, que diante da pandemia e da recessão, estão impossibilitados de arcar com os absurdos custos que os monopólios impõem aos consumidores, suspendendo todos os cortes de fornecimento desses serviços, assim como suspendendo todos os despejos por falta de pagamento de aluguel e proibindo as demissões, como única forma de impedir que novamente a conta da crise seja paga pela população pobre e trabalhadora.

 
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