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ENTREVISTA
Toninho Vespoli afirma sobre categoria O e eventuais: “lutar para que todos sejam efetivos”
Redação
Nossa Classe - Educação

Marcella Campos e Sérgio Araújo, professores da rede estadual e municipal respectivamente e militantes do Movimento Nossa Classe Educação, entrevistaram o vereador Toninho Vespoli (PSOL). A conversa tratou sobre os ataques à educação em São Paulo, em especial a PL 452 de Bruno Covas, que pretende dividir os professores entre efetivos e contratados, trazendo para o município o mesmo regime de trabalho precário que já existe no estado com a chamada categoria.

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A difícil situação dos professores categoria O e eventuais, que estão há 4 meses sem receber seus salários, também foi tema da discussão. Os professores deste regime de trabalho precário somam 35 mil, sendo 14% de todos professores da rede estadual.

No meio da paralisação das aulas, devido a pandemia, Doria mantém estes professores sem salário, pois como não são concursados - mas sim contratados por via da divisão impostas aos professores em categorias para precarizar e nivelar por baixo a vida desses trabalhadores - e recebem por aula dada, o governo estadual agora se aproveita e usa a falta de aulas como desculpa para deixar 35 mil professoras e professores sem salário, enquanto que Bolsonaro não garante o auxílio emergencial por causa do vínculo destes professores com o Estado. Por um lado, afirmam que estes professores contratados não são servidores e negam seu salário, pelo outro, afirmam que são funcionários públicos e lhes negam o direito ao auxílio emergencial.

Marcella e Toninho discutiram sobre esta dramática situação que tem levado a inúmeras dificuldades, com professores chegando a passar fome. O vereador, que também é professor, comentou sobre a situação.

“Isso mostra o grau de deterioração que eles estão fazendo com a classe trabalhadora. Imagina você ficar em um momento de pandemia, em que as coisas aumentaram bastante de preço, você ficar sem salário (...).”

Mesmo nesta situação, Toninho Vespoli chamou atenção sobre a paralisia da direção da APEOESP.

“A gente não vê um empenho mesmo da direção da APEOESP em acabar com estes contratos, porque queremos mesmo é que eles sejam efetivos. São todos professores, todos formados, têm as mesmas condições dentro da sala de aula. Porque tratar um professor de uma maneira e o outro de outra maneira? É uma divisão para poder dominar. Então, a gente tem que acabar com esses contratos, mas acabar com o contrato é efetivar essas vagas para que as pessoas tenham o mínimo de condição e estabilidade para poder exercer sua profissão com dignidade”.

O vereador também comentou sobre a uberização do trabalho que vêm alcançando cada vez mais categorias no conjunto da classe trabalhadora, enfatizando o quanto se trata de um ataque às condições de vida. “O que vai acontecer com os professores vai ser a uberização também”.

Para reverter este processo de precarização do trabalho e uberização na categoria, Toninho afirmou que é necessário “acabar com estes contratos e lutar para que todos sejam efetivos. Se não conseguirmos reverter, o processo de uberização vai vir para gente”.

Também enfatizou a necessidade de solidariedade entre todos os trabalhadores, já que este processo de ataques aos direitos, condições de trabalho e serviços públicos ocorre em todas as categorias. “Na hora que sou professor e luto contra a privatização do metrô, também estou lutando pela qualidade do metrô. Também estou lutando com aqueles servidores do metrô (....) Temos que ter a solidariedade da classe trabalhadora, o que acontece na educação é problema de todos trabalhadores”.

Assista aqui toda entrevista na página do Facebook do Esquerda Diário.

O Esquerda Diário também afirma que é necessário a máxima solidariedade entre os trabalhadores, já que o conjunto dos ataques aprovados, desde a reforma trabalhista como da previdência e todos os novos ataques contra salários, estabilidade e direitos que vêm ocorrendo em meio a pandemia, são implementados em conjunto pelos capitalistas no poder.

A disputa de interesses entre Bolsonaro, os militares, Doria, Maia, STF, etc, não apaga que estes sempre estão unidos para fazer como que a classe trabalhadora pague pela crise. Se Bolsonaro os mantém sem direito ao auxílio emergencial, Doria aproveita para deixar esses professores na miséria sem salários.

Maíra, professora da rede estadual, também denunciou a situação

 
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