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Estados Unidos irá impor restrições de vistos a empregados da Huawei
Emilia Macías

Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, anunciou na quarta-feira passada em uma coletiva de imprensa que restringirá a concessão de vistos a empregados de empresas chinesas as quais deem “apoio material” a governos do mundo que cometem violações aos direitos humanos.

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Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, anunciou na quarta-feira passada em uma coletiva de imprensa que restringirá a concessão de vistos a empregados de empresas chinesas as quais deem “apoio material” a governos do mundo que cometem violações aos direitos humanos.

Ele explicou que viajará na segunda-feira ao Reino Unido e Dinamarca (países que tem restringido as operadoras de telecomunicações à tecnologia de 5G Huawei), já que está “seguro de queo Partido Comunista da China e sua ameaça para aos povos liberais do mundo será questão prioritária”.

Pompeo felicitou o Reino Unido por converter-se em um país “limpo da ingerência da Huawei”, e a companhia espanhola Telefónica, que desde dezembro anunciou sua intenção de reduzir “progressivamente” a tecnologia da Huawei.

Em maio de 2019, os Estados Unidos proibiram a Huawei de vender equipamentos de telecomunicações a empresas estadunidenses com a suspeita de que esta empresa utilizara esses sistemas para espionagem.

Agora, a empresa chinesa não pode fazer negócios com o Google e outras empresas de tecnologia.

Os Estados Unidos estão liderando uma campanha global para impedir que a Huawei desenvolva a tecnologia 5G e está pressionando muitos países da União Europeia, já que atualmente ela é muito popular na Europa e está liderando a batalha pelo controle das redes 5G, as quais permitem navegar por internet com mais velocidade.

A guerra comercial que os Estados Unidos iniciaram contra a China é o reflexo de uma debilidade econômica global que vem desde a crise de 2008-2009; enquanto a China avançava, o país norte-americano retrocedia, até a crise atual.

Para entender um pouco a situação…

Em março de 2018, Trump anunciou taxas a importações de alumínio e aço, o qual prejudicou vários países, porém o mais afetado foia China. Este respondeu com taxas afetando especialmente aos estados que tinham mais votos em Trump.

Depois disso, em dezembro de 2018, Estados Unidos e China conformaram uma trégua, mas dias depois, uma executiva da Huawei foi detida no Canadá por ordens do governo estadunidense acusada de roubo de tecnologia. Se rompeu a trégua e ambos os países voltaram a anunciar taxas. No final de 2019, Trump anunciou que por fim se aproximava uma trégua, contudo, a crise atual só aumentou as confrontações.

Crise e tensões geopolíticas

No marco atual do colapso econômico e a crise global da economia produzidos pela pandemia, aumentam as rivalidades geopolíticas entre o gigante asiático e os Estados Unidos. Este é um elemento a mais nas tensões entre as principais economias do mundo, que também se expressaram como anúncio de proibição do TikTok, outro aplicativo de origem chinesa, com 300 milhões de usuários dos quais 80 milhões são estadunidenses.

A disputa pela tecnologia 5G é uma batalha pela expansão e controle tecnológico no marco da pandemia a qual tem ampliado o uso da internet, bem como o fortalecimento dos mercados pela via digital. Portanto a conectividade do 5G se tornou um fator chave de competitividade, suporte de várias plataformas e a tecnologia mais rápida e flexível atualmente. Para os Estados Unidos e a China isso implica uma disputa pela tecnológica por vários anos, e hoje é um terreno indicador das tensões geopolíticas.

Coma crise aberta, não há um prognóstico de como escalarão os conflitos entre ambas potencias e como se alinharam os países capitalistas, no entanto hoje já se começa a configurar um cenário de guerras comerciais alegando razões de segurança nacional e medidas protecionistas por parte dos governos.

 
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